“Não estamos em guerra. Mas também não há paz”: Suécia envia navios para Mar Báltico
Ulf Kristersson, primeiro-ministro sueco, garantiu que o seu país não está nem em guerra nem em paz, ao anunciar que a Suécia enviaria forças armadas ao Mar Báltico pela primeira vez como parte dos esforços de vigilância devido à onda de suspeitas de sabotagem de cabos submarinos.
Segundo as autoridades suecas, vão monitorizar a infraestrutura crítica e a ‘frota paralela’ de Moscovo três navios de guerra e um avião de vigilância no âmbito de um esforço da NATO.
O primeiro-ministro comentou as recentes ruturas de cabos submarinos no Báltico, garantindo que “não pode ser descartada intenção hostil”. Entre ataques híbridos e “guerras por procuração”, Kristersson salientou que “a Suécia não está em guerra. Mas também não há paz”.
“A verdadeira paz requer liberdade e a ausência de conflitos sérios entre países. Mas nós e os nossos vizinhos estamos expostos a ataques híbridos, realizados não com robôs e soldados, mas com computadores, dinheiro, desinformação e o risco de sabotagem”, apontou, salientando que aqueles que querem paz devem “estar preparados para a guerra”.
Em conferência de imprensa, salientou que a Suécia enviaria um avião de reconhecimento ASC 890 e até três navios de guerra. “Esta é a primeira vez que a Suécia contribuiu com forças armadas na nossa própria área imediata”, apontou.
“Não somos ingénuos. A situação de segurança e o facto de que coisas estranhas acontecem repetidamente no Mar Báltico também nos levam a acreditar que a intenção hostil não pode ser descartada. Há poucas evidências de que um navio acidentalmente e sem perceber arrastaria uma âncora com 300 metros de corrente por mais de 100 quilómetros, sem entender que isso poderia causar danos”, apontou.