Alunos do 7.º ao 12.º ano participam em inquérito nacional sobre bullying. Resultados divulgados no final do mês

Um inquérito nacional sobre bullying, destinado a alunos do 7.º ao 12.º ano de escolaridade, está em curso nas escolas públicas e privadas de Portugal. A iniciativa, conduzida em parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério da Juventude e Modernização, visa traçar um diagnóstico abrangente deste fenómeno nos estabelecimentos de ensino. Os questionários anónimos estão a ser recolhidos até 15 de janeiro, com os resultados esperados para o final do mês.

De acordo com a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, o principal objetivo do inquérito é compreender a extensão e as nuances do bullying nas escolas. “Queremos identificar se os jovens já foram vítimas de bullying, se testemunharam estas situações e como reagiram a tais acontecimentos”, explicou a ministra à Renascença. A ministra destacou ainda a importância de uma abordagem pedagógica, visando clarificar para os alunos e comunidade escolar o que constitui comportamentos aceitáveis e inaceitáveis.

O inquérito, que demora entre 20 a 30 minutos a ser preenchido, está a ser realizado em sala de aula, garantindo o anonimato dos participantes. A ministra enfatizou a relevância de sensibilizar os chamados “observadores passivos” — aqueles que presenciam atos de bullying sem intervir —, para que reconheçam e denunciem comportamentos abusivos.

Os resultados do inquérito serão divulgados até ao final de janeiro, momento em que o grupo de trabalho de combate ao bullying nas escolas apresentará um conjunto de recomendações ao Governo. Entre as propostas esperadas, inclui-se a criação de um canal específico para denúncias de bullying, além da revisão e distribuição de guiões informativos para professores, assistentes operacionais, pais e alunos, detalhando práticas adequadas e estratégias de intervenção.

Margarida Balseiro Lopes reconheceu que, embora existam várias iniciativas de combate ao bullying, estas estão frequentemente dispersas e carecem de uma resposta integrada. “Queremos garantir que todas as crianças, independentemente da escola que frequentam, têm acesso a mecanismos eficazes de resposta a situações de bullying”, sublinhou a ministra, reforçando a necessidade de envolver toda a comunidade escolar para assegurar a eficácia das denúncias e o apoio às vítimas.