Acordo de cessar-fogo em Gaza regista progressos, mas ainda sem fumo branco, revelam negociadores

O acordo de cessar-fogo registou alguns progressos, mas não o suficiente para selar um acordo entre Israel e o Hamas, garantiram esta quinta-feira à agência ‘Reuters’ fontes palestinianas próximas das negociações.

Conforme prosseguem as negociações no Qatar, os militares israelitas não travaram os ataques em todo o enclave de Gaza, matando pelo menos 23 pessoas esta quinta-feira, de acordo com os médicos palestinianas, elevando para 76 o número de mortos por ataques de Telavive nas últimas 24 horas.

O Qatar, os EUA e o Egito estão a fazer um grande esforço para chegar a um acordo para interromper os combates e libertar os restantes reféns detidos pelo grupo islâmico Hamas antes de o presidente Joe Biden deixar o cargo. O presidente eleito, Donald Trump, já alertou que haverá um “inferno a pagar” se os reféns não forem libertados até à sua tomada de posse, a 20 de janeiro.

De acordo com uma autoridade palestiniana, a ausência de um acordo até agora não significa que as negociações não estejam num beco e que esta era a tentativa mais séria de um acordo até agora.

“Há negociações extensas, os mediadores e os negociadores estão a falar sobre cada palavra e cada detalhe. Há um avanço quando se trata de reduzir as antigas lacunas existentes, mas ainda não há acordo”, referiu.

Outra autoridade palestiniana confirmou que houve progressos durante as negociações, mas citou uma nova condição israelita que poderia prejudicar a obtenção de um acordo. “Israel ainda insiste em manter uma paisagem de 1 km ao longo das fronteiras leste e norte da Faixa de Gaza, o que restringirá o regresso dos residentes às suas casas e representará um retrocesso em relação ao que (Israel) tinha acordado em julho”, apontou.

“Isto prejudica a obtenção de um acordo e os mediadores estão a esforçar-se para convencer Israel a regressar ao que foi acordado no passado”, indicou.