EUA enfrentam possível “shutdown” do Governo dias antes do Natal após exigências de Trump
Esta sexta-feira é a data-limite para aprovação do Orçamento para 2025 nos Estados Unidos: os republicanos na Câmara dos Representantes e os democratas do Senado têm negociado em contrarrelógio um acordo para financiar o Governo federal, antes de os fundos terminaram e causarem o chamado “shutdown’
Se os fundos se esgotarem sem que o projeto de lei seja aprovado até à meia-noite desta sexta-feira para sábado, o Governo teria de enfrentar uma paralisação federal, conhecida como “shutdown” no jargão político norte-americano.
O líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, que tinha prometido entregar o projeto de lei no fim de semana passado, indicou que a ideia é que o projeto de lei forneça fundos ao Governo até 14 de março, quando o presidente eleito, o republicano Donald Trump, já tenha tomado posse.
O líder republicano da câmara baixa do Congresso explicou que a ajuda de emergência necessária devido aos efeitos dos furacões Helene e Milton, bem como um pacote de ajuda aos agricultores, complicaram a elaboração do projeto de lei.
No entanto, os republicanos estão a trabalhar para evitar uma paralisação do Governo a menos de uma semana do Natal, depois de o presidente eleito Donald Trump e os seus aliados se terem manifestado contra um projeto de lei de despesas bipartidárias.
Trump e o vice-presidente eleito JD Vance deitaram achas para a fogueira ao condenar publicamente o projeto de lei, dizendo em comunicado que o Partido Republicano deveria chamar o bluff dos democratas e permitir o encerramento do Governo – protestaram também contra uma proposta de aumento salarial para o Congresso incluída no projeto de lei “enquanto muitos americanos estão a lutar este Natal” e expressaram apoio para combinar o projeto de lei de despesas com um aumento do teto da dívida.
“Aumentar o teto da dívida não é ótimo, mas preferimos fazê-lo sob a supervisão de Biden”, disseram Trump e Vance. “Se os democratas não cooperarem agora no teto da dívida, o que leva alguém a pensar que o fariam em junho, durante a nossa administração? Vamos fazer esse debate agora.”