Trabalhadores concentram-se esta tarde em Lisboa em ação de denúncia do Pingo Doce e Continente
Esta quarta-feira, o CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) estará na Rua Carlos Mardel, em Lisboa, diante das lojas do Pingo Doce e Continente, a partir das 16h30, para denunciar a falta de negociação das empresas de distribuição e o tratamento discriminatório dos trabalhadores sindicalizados.
Célia Lopes, dirigente do CESP, explicou que esta “ação simbólica visa chamar a atenção para o bloqueio do contratação coletiva. Desde 2016 que o CCT com o CESP não é revisto, verificando-se no setor práticas totalmente discriminatórias. Aa tabelas em vigor foram todas elas absorvidas pelo aumento do salário mínimo, pelo que as empresas decidem elas próprias quais as atualizações salariais”.
A ação visa chamar a atenção para a greve agendada para 24 de dezembro dos trabalhadores nas empresas de distribuição. Mas ainda há tempo para evitar a paralisação. “O CESP sempre esteve disponível para a negociação, há mais de um mês que apresentámos proposta de atualização salarial, mas não tivemos qualquer resposta”, apontou, contactada pela ‘Executive Digest’.
Em comunicado, o sindicato salientou que “as empresas de distribuição, responsáveis por 12,4% do PIB nacional, empregam mais de 140 mil trabalhadores com salários mínimos, horários desregulados e ritmos de trabalho extremamente intensos”.
“Nos últimos anos, têm apresentado ao sindicato representativo dos seus trabalhadores, o CESP, propostas de atualização do CCT (Convenção coletiva de trabalho) inaceitáveis — não aceitamos acordos que contenham salários mínimos, bancos de horas, nem a generalização da precariedade por via dos contratos a prazo no setor!”, reforçou a estrutura sindical.
Assim, esta quarta-feira “anunciaremos os próximos passos na luta pela negociação da atualização do nosso Contrato Coletivo de Trabalho, a partir das 16h30, em frente às lojas do Pingo Doce e do Continente da na Rua Carlos Mardel, em Lisboa”.