A importância da reabilitação na modernização das cidades

Por João Carvalho, CEO da MELOM

A reabilitação urbana tem sido a solução de recuperação e renovação de áreas degradadas nas cidades, melhorando as infraestruturas do edificado e, acima de tudo, preservando a identidade cultural e de arquitetura.

Apesar de muitas vezes considerarmos que a reabilitação urbana acelerada pelo crescimento do turismo descarateriza as cidades, podemos ver o exemplo da parte histórica da cidade do Porto que se encontrava totalmente degradada e hoje é um dos bons exemplos de como a reabilitação urbana preserva a identidade dos edifícios conferindo-lhes por vezes novas funções.

Claro está que reabilitar é mais complexo e caro do que construir, mas renovar prédios em vez de os demolir reduz significativamente o desperdício de matérias primas e, consequentemente, as emissões de carbono. A construção é obviamente menos amiga do ambiente do que a reabilitação ou restauro de imóveis.

O desafio, muitas das vezes, é dotar os “velhos” edifícios de novas comodidades como, garagens, elevadores e acessibilidades. Na MELOM acreditamos nas inúmeras vantagens de restauramos os edifícios, procedendo a ações de melhoria com o recurso a boas práticas que não comprometam não só a qualidade do projeto original dos edifícios, mas que melhorem a sua qualidade, segurança e conforto e, acima de tudo, que respeitem o arquétipo estrutural.

Assistimos muitas vezes a intervenções com o melhor dos propósitos, mas que comprometem a segurança dos edifícios (por exemplo sísmica) por falta de conhecimento de quem intervém na obra.

Como players do setor da remodelação de imóveis temos a responsabilidade de ter um olhar atento, não só à fração onde estamos a intervir, como ao todo, ou seja, todo o edifício.

É por isso que na MELOM recomendamos uma abordagem integrada de arquiteto, engenheiro e empreiteiro para que o resultado final seja coerente e responda de forma profissional e responsável.

A reabilitação é, em nossa opinião, o melhor caminho para preservarmos a memória do edificado e mantermos a identidade das cidades, contudo é preciso fazermos bem.