77% dos gestores portugueses apontam redução da carga fiscal como prioridade para impulsionar crescimento

Num contexto de desafios económicos globais e nacionais, a redução da carga fiscal surge como a medida mais urgente para o crescimento das empresas portuguesas, segundo 77% dos inquiridos no Barómetro KAIZEN™.

O estudo, que abrangeu mais de 220 gestores de médias e grandes empresas em Portugal, destaca a importância de políticas fiscais mais favoráveis para enfrentar os entraves ao desenvolvimento e garantir competitividade no cenário internacional.

Embora 61% dos gestores prevejam cumprir ou até ultrapassar os objetivos para 2024, apenas 14% acreditam que as medidas previstas no Orçamento do Estado terão um impacto positivo nas suas empresas. Este dado reforça a perceção de que as atuais políticas não atendem às necessidades do tecido empresarial.

Além da carga fiscal, os gestores destacam o investimento em inovação (59%) e a melhoria da eficiência operacional (59%) como prioridades para enfrentar um cenário de maior protecionismo e concorrência global. A diversificação de mercados, com foco em novas geografias, também foi apontada como uma estratégia essencial por 40% dos inquiridos.

No entanto, o financiamento para a expansão empresarial continua a ser dominado por abordagens conservadoras: 61% dos gestores optam pelo crédito bancário, enquanto 31% preferem não recorrer a financiamento externo. Estas escolhas refletem um desejo de autonomia e maior controlo sobre as operações, mas podem limitar o ritmo de crescimento em setores mais dinâmicos.

O Barómetro KAIZEN™ também revela um aumento do compromisso com estratégias de inovação tecnológica e princípios ESG (ambientais, sociais e de governança). Automação de processos (70%) e análise preditiva (62%) estão entre as apostas mais relevantes, enquanto 42% dos líderes afirmam um alinhamento total com os objetivos ESG.

“Ao longo dos anos, temos assistido à evolução dos programas de melhoria contínua, desde os primeiros círculos de qualidade focados em objetivos específicos e equipas dedicadas, até à integração de toda a cadeia de valor. Mais recentemente, o foco deixou de estar apenas na eficiência operacional para incluir áreas como inovação e crescimento, fundamentais para qualquer organização que aspira liderar no seu setor. Acreditamos que há sempre oportunidades para melhorar, e o nosso compromisso reflete-se na capacitação contínua dos colaboradores”, realça António Costa, CEO do Kaizen Institute.

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