Coronavírus: estudo revela que menos de 5% dos casos são críticos
Mais de 80% dos casos analisados de coronavírus ( COVID-19) são considerados leves, enquanto 13,8% foram classificados como graves e apenas 4,7% foram realmente críticos, de acordo com dados publicados num estudo realizado pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China e citado pela BBC.
O estudo revela também que os grupos com maior risco de morte pela doença são os idosos e os doentes, a taxa de mortalidade vai aumentando proporcionalmente à idade, ou seja, até aos nove anos permanece nula, contudo na faixa etária entre os 60 e os 69 anos ultrapassa os 3%, entre os 70 e os 79 ronda os 8% e a partir dos 80 chega perto aos 15%.
A taxa de mortalidade em Hubei, cidade onde começou o surto, é de 2,9%, comparativamente ao resto da China que corresponde a 0,4%. Em termos globais, a taxa de mortalidade do vírus é de 2,3%.
Relativamente ao género, os dados revelam que os homens têm maior probabilidade de morte, uma percentagem de 2,8% contra 1,7% das mulheres. Os pacientes com doenças cardiovasculares também apresentam maior risco, seguidos pelos que têm diabetes, doenças respiratórias crónicas e ainda hipertensão.
As equipas médicas dos hospitais são consideradas também um grupo de risco, o estudo indica que mais de três mil profissionais de saúde foram infectados pelo coronavírus e que cinco deles morreram até 11 de fevereiro, último dia de pesquisa.
De acordo com os últimos dados oficiais, o número de mortes pela epidemia atinge os 1.874, já os infectados são cerca de 73 mil. Dos que foram infetados, cerca de 13 mil conseguiram recuperar.
O aumento do número de casos entre a população tem vindo a mostrar-se ligeiramente menor desde o início de fevereiro, mas o estudo alerta que esta tendência pode alterar-se no final do atual período de férias na China, altura em que os locais voltam ao país de origem para regressarem ao trabalho e às aulas.
“O isolamento de cidades, a transmissão de informação importante (tal como a promoção de cuidados a ter, como o uso de máscaras ou a lavagem das mãos) com muita frequência e através de múltiplos canais, assim como a mobilização de equipas que dão resposta rápida ao vírus, são medidas que parecem estar a ajudar ao controlo da epidemia”, relata o estudo chinês, citado pela BBC.
Ainda assim, “o país tem de preparar-se para um possível retrocesso”, aconselham os especialistas.