Situação internacional volta a dominar preocupações dos gestores portugueses em outubro
O otimismo dos gestores portugueses manteve-se “relativamente estável” em outubro, mas a “situação internacional” voltou a liderar as preocupações, em detrimento do “Governo e política”, segundo o barómetro mensal do Fórum dos Administradores e Gestores de Empresas (FAE).
“No Barómetro dos Gestores de outubro assiste-se, novamente, voltando aos números de agosto, dada a situação internacional, a uma ‘transferência’ nas preocupações dos gestores portugueses, do ‘Governo e política’ (33,7% para 17,1%) para a ‘situação internacional’ (11,2% para 28,3%)”, conclui o estudo, hoje divulgado.
A par da “situação internacional”, aumentaram também as preocupações relativas à “contratação e retenção de talentos” (de 13,3% para 19,5%) e à “taxa de inflação” (de 1,1% para 2,7%).
Já em quebra, acompanhando o “Governo e política”, estiveram as preocupações com a “taxa de juro” (de 3,4% para 0,9%), “corrupção” (de 5,6% para 3,5%) e “digitalização, disrupção tecnológica” (de 9% para 4%).
Quanto às restantes preocupações dos gestores, mantiveram-se “relativamente estáveis” em outubro, nomeadamente as relativas à “legislação e regulação” (7,9% para 8%), “impostos e tributação” (9% para 9,7%), “cadeias logísticas, abastecimento” (2,3% para 1,8%) e “concorrência e modelo de negócio” (3,4% para 3,5%).
No que se refere ao otimismo dos gestores, manteve-se “relativamente estável” no mês em análise, tendo registando uma “ligeira subida”, de 2,27 para 2,74, mas continuando negativo desde setembro de 2023.
Lançado em setembro de 2021, o Barómetro Mensal dos Gestores Portugueses baseia-se num inquérito mensal aos associados do FAE sobre o que mais preocupa para os 12 meses seguintes, incluindo também o seu nível de otimismo e pessimismo para esse período.
Com as respostas – normalmente entre 170 a 210 – o Fórum constrói um barómetro mensal que indica, mensalmente e numa série longa, a evolução das preocupações e do otimismo dos gestores portugueses.
O FAE é desde 1979 a associação representativa dos gestores, contando entre os seus associados com os administradores e gestores das maiores empresas portuguesas, incluindo 12 presidentes executivos (CEO) do atual PSI.