Sabe qual foi a cor de carro mais segura para conduzir este ano em Portugal?
Muitas pessoas acreditam que a cor de um automóvel não influencia de maneira significativa a sua probabilidade de se envolver em acidentes. No entanto, os veículos de cores vivas costumam ser considerados mais seguros – afinal, são mais fáceis de detetar em condições de visibilidade reduzida. Em situações de pouca luminosidade, pode ser difícil reparar num carro escuro que esteja estacionado na berma da estrada.
De forma a avaliar o grau de influência que a cor de um veículo tem na sua segurança, a carVertical, empresa de dados automóveis, realizou um estudo e identificou as cores de automóveis mais seguras em Portugal.
Os mais seguros: verde, prateado/cinzento, e branco
Entre todos os veículos verificados na plataforma da carVertical em Portugal, os modelos verdes foram considerados os mais seguros, com 37,9% dos mesmos a terem sofrido algum tipo de dano. É possível que os automóveis verdes sejam mais seguros porque a cor diferenciada torna-os mais visíveis na estrada. Assim, são mais seguros em diferentes ambientes de condução.
Os veículos prateados/cinzentos surgem em segundo lugar, com 42,9% de veículos desta cor a apresentar registos de danos. Os tons neutros tendem a misturar-se menos com certos pavimentos, o que pode ajudar os condutores a detetá-los mais facilmente na estrada.
Os veículos brancos fecham o pódio, com 45% de veículos danificados. Trata-se de uma cor muito utilizada em climas ensolarados como o de Portugal, pelas suas propriedades refletoras e pela elevada visibilidade que oferecem.
Muitas vezes, os proprietários de automóveis pintam ou revestem os seus veículos. Por isso, antes de comprar um veículo em segunda mão, é importante verificar se a cor do automóvel corresponde à que está registada nos documentos do mesmo. “Pintar um automóvel ou revesti-lo com uma capa de vinil não é uma tarefa demorada. Ao comprar um automóvel deste tipo, é importante prestar atenção ao estado da carroçaria, porque pode haver defeitos ou ferrugem por baixo do revestimento”, afirmou Matas Buzelis, especialista automóvel e diretor de Comunicações da carVertical.
Algumas cores de veículos envolvem-se mais em acidentes
Há muitos anos que as cores mais utilizadas no mercado automóvel são o preto, o branco, e o cinzento (prateado). Trata-se de uma tendência global e é provável que a popularidade destas cores continue a crescer. Apesar de existirem milhões de carros pintados com estas cores nas ruas, não são eles que se envolvem mais em acidentes.
No estudo realizado em Portugal, o castanho revelou-se a cor mais perigosa, com 61,9% de veículos danificados, seguido do azul, com uma taxa de danos de 53,1%. Os automóveis castanhos podem ser menos seguros porque os tons terrosos misturam-se com a paisagem natural – estradas de terra, florestas, ou paisagens de outono, etc. –, o que reduz a sua visibilidade. Os automóveis azuis, embora sejam geralmente mais percetíveis, podem ser menos seguros em determinadas condições, como céus nublados ou massas de água, em que a cor se mistura com o fundo, dificultando a sua deteção.
“O aspeto de um automóvel pode ser enganador, pelo que não recomendamos que escolha um modelo apenas com base na sua aparência. É importante verificar o historial do veículo, fazer um test drive, mandar verificá-lo numa oficina autorizada, e só depois decidir se o compra ou se prossegue com a procura”, explicou Buzelis.
O estudo da carVertical recorreu a dados estatísticos de relatórios históricos de veículos, adquiridos pelos utilizadores da empresa entre agosto de 2023 e agosto de 2024. O estudo foi conduzido em 15 países.
A carVertical exerce a sua atividade em 28 países e recolhe dados de mais de 900 bases de dados mundiais, tais como autoridades policiais, registos nacionais/estatais, instituições financeiras, e anúncios. Ao processar milhões de relatórios históricos de veículos por ano, a empresa consegue apresentar tendências, previsões abrangentes, e informações únicas sobre o mercado de veículos usados.