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XXXVIII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Vitor Ribeirinho, KPMG Portugal

A análise de Vitor Ribeirinho, CEO/ Senior Partner da KPMG Portugal

Este mês representa o início do novo ano económico da KPMG e a renovação do compromisso com aquela que é a nossa ambição para Portugal, como organização que quer continuar a crescer e a desenvolver o seu talento e dimensão em Portugal. De resto, este é um tema que considero absolutamente fundamental para a nossa economia: que todos possamos ambicionar mais. De acordo com o barómetro de setembro, confirma-se uma condição importante para que isso possa acontecer: o otimismo e confiança das empresas em relação à evolução das receitas em 2024, com uma maioria significativa a expressar a sua expetativa de continuar a crescer. Num mês em que a KPMG divulga um dos seus mais importantes estudos, o CEO Outlook, que comemora o seu 10º aniversário, esta tendência está alinhada com a visão da maioria dos CEOs que mantêm a sua confiança na evolução da economia mundial nos próximos anos. Mas a ambição que todos devemos ter deve começar em cada empresa. Nesse sentido, destaco o facto de os inquiridos terem revelado o objetivo de tornar as suas organizações mais competitivas por via da otimização e automação de processos e revisão de custos e eficiência operacional. Há ainda um caminho importante a fazer nestes pontos, a que se junta uma outra dimensão, a melhoria da experiência de cliente que, numa altura em que a Inteligência Artificial está a ganhar cada vez mais espaço, poderá ser potenciado por esta evolução tecnológica e, será, um fator importante na fidelização e atração de clientes. Por estarmos num mês em que o Orçamento do Estado tem sido o principal tema de destaque, é interessante verificar que as respostas a este barómetro sinalizam a necessidade de reduzir gradualmente o IRC, reformar a Administração pública e o sistema fiscal como alterações estruturais que consideram mais relevantes. Todos estes são aspetos que devem ser ponderados no reforço da competitividade e ambição que deveremos ter para Portugal, de forma a que as nossas empresas possam contribuir cada vez mais para o talento nacional e tenham as condições estruturais e fiscais necessárias para competirem de forma justa internacionalmente na expetativa de crescer e podermos dar cartas no panorama internacional como forma de afirmar também o talento nacional e com a dimensão contribuirmos igualmente para a capacidade de atração e retenção desse talento.

Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 223) da Executive Digest, no âmbito da XXXVIII edição do seu Barómetro.






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