Possível deterioração das margens da banca pode impactar receitas

A Federação Ibérica dos Sindicatos Independentes da Banca e do Setor Financeiro (Fisbanca) defendeu hoje que a possível deterioração das margens de intermediação da banca poderá impactar o crescimento das receitas e o número de trabalhadores.

A Fisbanca, que inclui o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), reuniu-se hoje em Ourense, Espanha, tendo referido, em comunicado, que durante a reunião “foi dado especial enfoque à possível deterioração das margens de intermediação”.

A federação alerta que esta redução pode “impactar significativamente o crescimento das receitas” e que, assim, algumas das instituições financeiras poderão optar, de forma unilateral, por reduzir o seu número de trabalhadores.

“A Fisbanca rejeita categoricamente tal abordagem e compromete-se a enfrentar qualquer tentativa nesse sentido com firme oposição”, garantiu a federação ibérica.

Abordados foram ainda os processos de compra e fusão de instituições como Abanca, Eurobic, Novo Banco, Sabadell e BBVA, tendo a federação, que junta ainda a Federação Espanhola de Quadros e Profissionais dos Serviços Financeiros e Administrativos (FEFCA), garantido que acompanhará a evolução das instituições para assegurar a proteção dos trabalhadores.

Também a convergência das ‘fintech’ com a atividade bancária tradicional foi destacada na reunião, manifestando a Fisbanca a sua preocupação com os riscos a que clientes e consumidores “poderão estar expostos”.

“A FISBANCA assegurará uma monitorização contínua junto dos reguladores, defendendo o princípio da igualdade de condições e o respeito pela contratação coletiva entre todos os intervenientes do setor”, vincou.

Em cima da mesa estão possíveis ações de mobilização conjuntas em Portugal e Espanha em 2025, mas a federação não avança com mais detalhes.

A próxima reunião ordinária da Fisbanca está marcada para março do próximo ano, em Viseu.

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