O lado sombrio da sucessão: Quem herdará o império dos homens mais ricos do mundo?

À medida que os líderes das maiores corporações do mundo envelhecem, a questão da sucessão torna-se cada vez mais crítica. Inspirada na série da HBO Succession, a dinâmica familiar e os desafios enfrentados por gigantes como a Waystar Royco espelham a realidade de muitas empresas familiares que lidam com transições geracionais.

Ewan Roy, personagem central da série, alerta o seu neto sobre a ambição e a luta pelo controlo do conglomerado. Essa representação, embora ficcional, reflete as dificuldades reais que muitos enfrentam. “Nem todos conseguem superar a transição,” reconhece María Iturriaga, professora da Deusto Business School, de acordo com o ‘El País’, sublinhando a importância de um planeamento cuidadoso para uma passagem tranquila, algo que frequentemente falta em muitas famílias empresariais.

Os dados mostram que a média de idade dos 30 homens mais ricos do mundo é de 70 anos, evidenciando que muitos estão a aproximar-se do momento de se afastar. “Fazer com que os herdeiros concorram leva a um final entre vencedores e perdedores,” explica Alberto Gimeno, professor da Esade. Ele sugere que a solução ideal para a sucessão varia de caso para caso, sendo essencial a criação de um conselho de administração profissional que possa guiar a empresa durante a transição.

Empresas icónicas como Berkshire Hathaway, LVMH e a família Murdoch estão a enfrentar atualmente as suas próprias batalhas de sucessão. Warren Buffett, de 94 anos, já designou Greg Abel como seu sucessor, enquanto Bernard Arnault, da LVMH, está a planear a sua sucessão para evitar disputas internas.

A realidade é que o desafio da sucessão vai além de nomes e cargos; envolve a preservação do legado e da cultura organizacional. O clã Porsche, por exemplo, tem um controlo significativo sobre o grupo Volkswagen, mas a incerteza sobre quem assumirá a liderança no futuro persiste.

No setor da moda, a situação de Giorgio Armani destaca a complexidade da sucessão quando o fundador tem um controlo tão profundo sobre a marca. Com 90 anos e sem herdeiros, o futuro da Armani é uma questão pendente no mundo da moda.

história mostra que o planeamento e a generosidade são fundamentais para garantir que a próxima geração esteja pronta para assumir as rédeas e continuar o legado.

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