Coronavírus. Esteve próximo de pessoas infectadas? Há uma aplicação que o avisa

Já existe uma aplicação para detectar se esteve em «contacto próximo com alguém infectado» com o novo vírus que nasceu em Wuhan. A China desenvolveu um sistema que avisa os cidadãos do risco de contágio. 

Este é o último esforço do Governo chinês para tentar travar o  novo surto de coronavírus. Os utilizadores podem-se registar na aplicação através de um QR Code, uma espécie de código de barras que é lido através de determinadas aplicações, como o WeChat e o QQ, recorrendo à câmara do telemóvel. Depois, devem preencher um formulário com o nome, número de telemóvel e número de identidade, segundo a “CNBC”, que cita a agência de notícias estatal chinesa “Xinhua”.

Tanto o Escritório Geral do Conselho de Estado como a Comissão Nacional de Saúde participaram na criação da aplicação, bem como a empresa estatal China Electronics Technology Group Corp ou a China Electronics Technology Group (CETC). A CETC recebeu dados de várias agências governamentais para criar o sistema, incluindo da Comissão Nacional de Saúde, do Ministério dos Transportes, da China Railway e da Administração da Aviação Civil da China.

As autoridades chinesas elevaram esta terça-feira para 1118 mortos e quase 44 mil infectados o balanço do surto de pneumonia na China continental causado pelo novo coronovírus (2019-nCoVdetectado em Dezembro, em Wuhan. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países.

O balanço ultrapassa o da SARS que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China. Mais tarde, descobriu-se que as autoridades chinesas encobriram novos casos de SARS durante meses, o que agravou a sua propagação. Desde 2004 que não havia registo de nenhum novo caso, a nível mundial, e a comunidade médica chegou a considerar  a síndrome respiratória aguda grave erradicada.

As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detectado. Os sintomas incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.

A Organização Mundial de Saúde reúne-se esta terça-feira em Genebra com cientistas, investigadores e peritos de saúde pública num fórum de dois dias para estudar formas de travar e lidar com o surto do novo coronavírus.

Veja aqui, em tempo real, o mapa da propagação do coronavírus.

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