Ciberataques vão custar quase 10 mil milhões de euros às empresas em 2024

As organizações e empresas em todo o mundo poderão enfrentar perdas de quase 10 mil milhões de euros devido a ciberataques em 2024. O aumento da conectividade e o avanço das novas tecnologias têm intensificado as ameaças digitais.

Segundo uma análise da equipa de Cyber Threat Intelligence da NTT DATA, que examina as ciberameaças globais durante o primeiro semestre do ano, espera-se um aumento de 39% nos ciberataques esperados até ao final de 2024, duplicando os números registados em 2023. Este crescimento está associado, em grande parte, ao desenvolvimento de tecnologias emergentes, incluindo a inteligência artificial generativa (GenAI).

A GenAI está a transformar o panorama da cibersegurança, oferecendo ferramentas mais sofisticadas aos agentes maliciosos para desenvolver malware e perpetrar ataques, como roubo de identidade, disseminação de notícias falsas e violação de sistemas de segurança, como o CAPTCHA. Além disso, o uso de inteligência artificial em ciberataques cresceu 600% em menos de um ano, tornando os ataques mais frequentes e avançados.

O relatório destaca que a Europa registou o maior aumento anual de ciberataques (+64%), em grande parte devido à elevada digitalização da administração pública e ao ambiente regulatório exigente. Estes fatores tornam as organizações europeias mais vulneráveis e visíveis aos ataques. Entre os setores mais afetados estão o setor público, seguido pelos setores de serviços, tecnologia e retalho, este último impulsionado pelo crescimento do número de utilizadores online.

“Estamos a testemunhar um crescimento significativo das ciberameaças, impulsionado pela democratização da inteligência artificial generativa e pela industrialização do cibercrime”, afirma Mauro Almeida, Head of Cybersecurity da NTT DATA Portugal. “Os cibercriminosos estão a tirar partido destas novas tecnologias para orquestrar ataques cada vez mais sofisticados e personalizados. O desafio é que o ritmo da digitalização está a ultrapassar significativamente a capacidade de proteção, o que pode afetar atividades essenciais para a sociedade e paralisar uma parte fundamental da atividade socioeconómica. É fundamental sabermos tirar partido destas tecnologias emergentes como ferramentas de proteção das organizações e sociedade.”






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