Lítio português é “arma” dos EUA para combater incursão chinesa
Os EUA estão comprometidos em apoiar as empresas mineiras que investem na cadeia de valor do lítio em Portugal, facilitando o acesso ao financiamento necessário para os seus projetos de extração e refinação. A garantia foi dada pelo vice-secretário de Estado norte-americano para o Crescimento Económico, Energia e Ambiente, Jose W. Fernandez, durante uma visita a Portugal, onde se reuniu com representantes do governo e empresas dos setores da energia, mineração e tecnologia.
No contexto do lítio, Fernandez mencionou que conversou com duas empresas que estão a desenvolver minas em Portugal, apontando as dificuldades no acesso ao financiamento como um obstáculo central, revela o ‘Negócios’. Segundo o responsável, a produção excessiva de lítio por parte da China está a causar a queda dos preços, o que desencoraja o investimento em países como Portugal. Fernandez considera esta uma estratégia predatória, afirmando que a oferta abundante de lítio chinês está a prejudicar projetos mineiros em Portugal.
Apesar das dificuldades, as empresas mineiras em Portugal continuam otimistas, mas apreensivas quanto à obtenção de capital. O vice-secretário de Estado norte-americano destacou que o lítio será cada vez mais necessário e que os preços deverão recuperar nos próximos anos. Reforçou ainda que os EUA estão prontos para ajudar Portugal a ligar-se a instituições financeiras e investidores internacionais interessados, de modo a viabilizar estes projetos.
Em termos de relações comerciais, Fernandez afirmou que os Estados Unidos são o maior parceiro comercial de Portugal fora da União Europeia, com um aumento de 25% nas trocas em 2024.