AESE Business School: Processo contínuo de transformação

Luís de Carvalho Campos, head of Digital Channels, Design and Content numa instituição bancária em Portugal, e Marisa Leal Ferreira, Business Unit director do Hospital da Luz, consideram que o programa alavancou as suas carreiras, fortaleceu as competências de gestão e sublinham o lado humanista, de uma liderança centrada nas pessoas.

O que o motivou a ingressar no programa AESE Executive MBA?

Luís de Carvalho Campos (LCC): Primeiro disclaimer: sou engenheiro, por isso a maior parte das vezes racionalizo muito as minhas decisões. Procuro fazer uma abordagem analítica a todas as decisões. Acredito que só assim podemos estar mais seguros das decisões que tomamos. Por isso, antes de ingressar no AESE Executive MBA fiz duas coisas: (1) tirei algum tempo para analisar onde estava na minha carreira e para onde queria ir; e (2) escolhi criteriosamente a escola onde queria fazer o meu MBA.

Estes dois passos são muito importantes porque um MBA não é uma panaceia para uma mudança ou progressão na carreira. É muito mais do que isso. É um processo contínuo de transformação radical. Isso mesmo: contínuo e radical. Porque foi uma transformação pessoal e radical. Quem me conhece, sabe que sou uma pessoa muito diferente agora. Portanto a minha primeira recomendação é que avaliem se o MBA pode ajudar a levar-vos do ponto A para o ponto B.

Depois, antes de iniciar o MBA frequentei várias aulas abertas, short programs, e sessões de esclarecimento das escolas de negócios que coloquei na minha lista. Fazer um MBA é uma daquelas experiências em que o seu crescimento depende forçosamente dos que o rodeiam. E isso inclui colegas, professores, mentores, todas as pessoas da escola. Por isso, avaliei o perfil típico das pessoas que frequentavam os MBA das escolas que tinha na minha lista: os perfis eram semelhantes ao meu ou muito diferentes? Eram pessoas mais velhas ou mais novas? Tinham mais ou menos experiência profissional?

Foi esta análise que me fez escolher a AESE, porque percebi que iria estar rodeado de um quadro de professores muito competentes na sua área e que iria aprender imenso com os meus colegas que teriam, à partida, mais experiência que eu e viriam de backgrounds bem diversificados. Além disso, percebi que a escola faz uma grande aposta no “Factor Humano” dos novos líderes que prepara. E este lado mais humanista, de uma liderança centrada nas pessoas e para pessoas também foi um argumento forte para escolher a AESE.

Marisa Leal Ferreira (MLF): A escolha pelo AESE Executive MBA foi motivada pela aplicação do método do caso e pelo feedback positivo de antigos alunos. O meu desejo de alavancar a carreira, expandir a visão estratégica e fortalecer as competências de liderança e gestão alinhava-se perfeitamente com o que o programa oferece. A reputação de excelência da AESE e o acesso a uma rede de professores e profissionais de topo foram decisivos para a minha escolha, proporcionando oportunidades absolutamente distintivas de crescimento pessoal e profissional.

A componente das semanas internacionais do AESE Executive MBA também influenciou a decisão de fazer esta formação? Durante estas semanas, quais foram as experiências mais marcantes que contribuíram para o seu crescimento pessoal e profissional?

LCC: Sim. Embora no ano em que me inscrevi ainda houvesse muitas dúvidas sobre como seriam realizadas as viagens internacionais, este também foi um factor importante. Tive a oportunidade de participar nas três semanas internacionais do programa: Lisboa, Nova Iorque e Tóquio. E foi muito enriquecedor, porque temos a oportunidade de conhecer profissionais de três continentes diferentes e perceber como a cultura afecta, definitivamente, a forma como nos relacionamos profissionalmente. Esta experiência é muito enriquecedora porque nos desperta para este lado mais humanista, cria-nos este contexto de que “um homem é um homem e as suas circunstâncias” como nos dizia Ortega y Gasset. E isso torna-nos melhores líderes.

Depois, claro, “nem só de pão vive o homem” e, a nível pessoal, as semanas internacionais são uma oportunidade de estreitar laços com os nossos colegas que, de outra forma, não teríamos. Há um lado de lazer também nessas viagens, que fortalecem a amizade. Para ser sincero, não imaginaria que iria fazer mais 40 amigos aos 40.

MLF: As várias semanas internacionais em Nova Iorque, Tóquio e em Lisboa foram incríveis, permitiram-me ter uma visão global e vivenciar a cultura e métodos de trabalho e de estar distintas. O contacto com diferentes realidades e a partilha de conhecimentos com colegas de várias nacionalidades foram cruciais para o meu crescimento, reforçando a importância da liderança em ambientes multiculturais. É uma partilha de experiências fantástica e que recomendo!

Como é que as relações que estabeleceu durante a frequência neste programa, especialmente durante a semana internacional, ampliaram as suas oportunidades profissionais?

LCC: Durante o meu MBA conheci pessoas incríveis. Estive com colegas e professores que tinham visões muito diferente das minhas, algumas delas bastante diferentes e que motivaram discussões intelectualmente muito estimulantes. E acredito que só podemos crescer com pessoas que pensam de forma diferente e que tenham percursos profissionais variados, só assim conseguimos enriquecer o debate e alargar os ângulos da discussão.

Por isso, todas as pessoas que conheci durante o programa, incluindo nas semanas internacionais, me enriqueceram como profissional e como pessoa. E claro, há vários casos, na minha turma do AESE Executive MBA, de colegas que foram trabalhar para empresas de outros colegas.

Para mim, este networking amplia as nossas oportunidades de carreira pelas pessoas que conhecemos e não que daí decorra forçosamente uma oportunidade de carreira, mas porque isso nos enriquece como profissionais. E um melhor profissional, mais capaz, mais robustecido e autoconfiante tem, necessariamente, mais mercado e mais oportunidades de carreira.

MLF: Sem dúvida, o networking da AESE Business School é um dos pontos fortes deste programa, tendo sido um dos critérios para a minha escolha. Oferece acesso a uma rede de contactos diferenciada e de diversos sectores, promovendo oportunidades de parcerias e crescimento pessoal e profissional. A escola proporciona ainda uma rede internacional e activa de antigos alunos, favorecendo o desenvolvimento de novas oportunidades e aumentando a visibilidade e credibilidade no mercado. Em particular, tenho participado em diversas colaborações com colegas, professores e outros profissionais que conheci ao longo dos dois anos e após a conclusão do MBA, evidenciando a extraordinária importância do networking criado durante este percurso.

De que forma o AESE Executive MBA influenciou a sua progressão de carreira? Desde que concluiu esta formação, houve mudanças significativas na sua vida profissional ou algum momento específico em que sentiu que a formação fez a diferença ao assumir um novo cargo ou responsabilidade?

LCC: Desde que ingressei no AESE Executive MBA fui promovido duas vezes na organização onde trabalho. Uma quando ainda estava a frequentar o MBA e outra, mais recente, já depois do MBA. Não posso dizer que esta evolução na minha carreira não teria acontecido se não tivesse frequentado um MBA. O que posso dizer com franqueza é que o MBA da AESE me preparou para enfrentar e aceitar estes desafios com maior responsabilidade e uma equipa maior. E, como nos dizia Séneca: «A sorte acontece quando a oportunidade encontra a preparação.»

MLF: Acredito que investir em conhecimento é a melhor forma de crescimento pessoal e profissional. No meu caso, o MBA foi decisivo para assumir um novo desafio na Direcção de Operações na área da Saúde, pois expandiu a minha visão estratégica e impulsionou as minhas competências pessoais e de liderança, capacitando-me a enfrentar desafios com uma abordagem mais eficaz e assertiva.

Quais os conselhos que daria para ajudar alguém a decidir ingressar nesta jornada?

LCC: Se tivesse de dar alguns conselhos creio que poderia resumir apenas em três: (1) Compromisso, apoio e equilíbrio; (2) Sejam implacáveis com o controlo de tempo; e (3) Tornem esta decisão uma decisão familiar. Eu explico: desde o início que sabia que um MBA exigiria muito empenho. Na maioria das vezes, exigiu-me 30 a 40 horas semanais de dedicação. E isso inclui as aulas, eventos, tempo de estudo e todas essas actividades extra. Para isso, é muito importante ter as pessoas certas ao seu lado: família e amigos, os seus colegas de trabalho e, claro, os seus colegas de MBA. Por exemplo, no nosso pequeno grupo, tínhamos chamadas remotas semanais para debater os casos e a cada trimestre, três semanas antes dos períodos de exames, fazíamos um retreat para aprofundarmos a matéria que tínhamos de estudar. É por isso que o equilíbrio é muito importante durante um MBA. Vamos precisar de muito tempo para estudar e assistir às aulas, mas é importante reservar tempo para a família, amigos e as suas equipas no trabalho.

Depois o controlo do tempo. O que funcionou comigo? Configurei alarmes diários e semanais no meu telemóvel para me animar e manter motivado. A maioria deles tinha algumas palavras engraçadas, emojis, só para me manter motivado. Alarmes como: “É sábado! Yeah! Bora para as aulas!” ou sempre que precisei de um lembrete para prestar atenção à minha família: “És um marido e um pai dedicado e amado”. Ter isto a aparecer no meu telefone era um lembrete muito visual do que devo priorizar.

Finalmente, desde que casei e tive filhos que cada decisão profissional passou a ser uma decisão familiar. E como vamos fazer um grande esforço financeiro e de tempo, é importante estarem todos envolvidos.

MLF: O AESE Executive MBA representou um compromisso de dedicação e resiliência, e foi um momento privilegiado de transformação pessoal e profissional. A oportunidade de aprender com a experiência dos outros foi diferenciadora, e como pessoa, tornei-me mais confiante e preparada para enfrentar a complexidade e os desafios do mundo actual. Com novos amigos e novas ferramentas, a noção de maior impacto na sociedade e a consciência que a aprendizagem nunca acaba, este MBA foi verdadeiramente a escolha certa.

 

 

 

 

 

 

» Luís de Carvalho Campos

 

 

 

 

 

» Marisa Leal Ferreira

Este artigo faz parte do Caderno Especial “MBA, Pós-graduações & Formação de Executivos”, publicado na edição de Setembro (n.º 222) da Executive Digest.

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