Da proibição das batatas fritas de presunto aos insetos nos alimentos: Estes são os mitos que ‘alimentam’ a desinformação
A desinformação tem-se revelado uma ameaça global crescente, especialmente no setor alimentar, onde boatos e informações falsas podem ter consequências graves. A propagação massiva de rumores, muitas vezes impulsionada pela internet e redes sociais, tem levado a uma série de alarmes infundados e confusão entre os consumidores.
Recentemente, um exemplo notável foi a alegação de que batatas fritas com sabor de presunto estariam prestes a ser proibidas devido a novas regulamentações da Comissão Europeia. A história viralizou em julho, gerando debates acalorados. No entanto, fabricantes de salgadinhos rapidamente desmentiram a notícia, esclarecendo que as batatas fritas com esse sabor não desaparecerão das prateleiras, revela o ‘elEconomista’. A regulamentação europeia só impõe restrições a certos aromas de fumo, mas as batatas com sabor a presunto podem continuar a ser vendidas, desde que sejam utilizados substitutos autorizados. Adicionalmente, a transição para novos ingredientes tem um período de adaptação de dois anos.
O impacto da desinformação sobre alimentos não se limita a rumores isolados. Segundo a Federação das Indústrias de Alimentos e Bebidas (FIAB), cerca de 30% das notícias falsas circulantes estão relacionadas com a alimentação, provocando alarmes desnecessários, confundindo os consumidores e podendo até criar riscos para a saúde..
Além da falsa proibição das batatas fritas, outras informações incorretas circularam durante o verão. Um boato recorrente afirma que o selo da Rainforest Alliance em alimentos indica a presença de insetos, o que é falso, pois a União Europeia não autoriza insetos nos alimentos sem uma rotulagem clara. Outro mito desmentido envolveu a alegação de que morangos examinados ao microscópio eram de origem marroquina, uma teoria desmentida pelos produtores. Além disso, circularam rumores infundados sobre a qualidade do azeite marroquino, que também foram desmentidos.
A desinformação alimentar é um problema grave e crescente, exigindo uma abordagem coordenada entre governos, cadeia alimentar, profissionais de saúde e meios de comunicação.