XXXVI BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Vitor Ribeirinho, KPMG
A análise de Vítor Ribeirinho, CEO/Senior Partner da KPMG
Mais uma vez os inquiridos do barómetro demonstram que a sua visão do curto prazo apresenta uma expectativa optimista de crescimento das vendas (81% esperam que as vendas cresçam até 10%) mas com algum receio, que tem vindo a ser consistentemente manifestado quanto à estabilidade governativa e legislação e regulação. Estas duas dimensões demonstram a preocupação com o papel do Estado na economia, situação que é igualmente confirmada pela resposta à questão das maiores barreiras ao crescimento da economia portuguesa que os inquiridos identificam na carga fiscal e na produtividade. Se o primeiro tema tem uma intervenção decisiva do Estado, para o segundo algumas das respostas apontam o caminho que as organizações estão a seguir a nível global mas também em Portugal ao nível da inovação e tecnologia como forma de garantir a agilidade operacional e digitalização dos processos que são vistos como factores-chave para aumentar a competitividade. Numa segunda dimensão, e conforme tive oportunidade de referir na conferência do Clube dos 52, a atracção e retenção de talento é igualmente vista como um grande desafio para o 2.º semestre. Em resumo mais um mês com expectativa positiva para o curto prazo (2.º semestre) em termos de crescimento mas com alguma incerteza em diversas dimensões para as quais todos os stakeholders devem contribuir para mitigar.
Testemunho publicado na edição de Junho (nº. 219) da Executive Digest, no âmbito da XXXVI edição do seu Barómetro.