«Só para homens». Maior piscina do sul da Rússia proíbe entrada de mulheres
O complexo de piscinas russo Anzhi Arena, em Kaspiysk, perto de Makhachkala, capital da república russa do Daguestão – região que é maioritariamente frequentada por muçulmanos – proibiu a entrada de mulheres nas suas instalações, de acordo com a Reuters.
«A partir de dia 20 de Janeiro, o atendimento à piscina está aberto apenas para homens», afirmou a empresa.
A medida causou um enorme desagrado e alguma revolta por parte dos activistas dos direitos humanos, que acusaram o complexo aquático de discriminação. Também os moradores da região em causa se debateram com a questão, uma vez que este tipo de interpretações conservadoras islâmicas, chocam bastante com os valores liberais presentes em outras zonas da Rússia.
O argumento utilizado pelo complexo, que antes admitia apenas mulheres à sexta-feira, prende-se com motivos financeiros. «Infelizmente, quase não houve visitantes durante o dia em que as mulheres podiam aceder”, revelou a empresa na sua página de Instagram. «Especificamente por esse motivo, após uma análise e avaliação minuciosas, foi tomada a difícil decisão de que não seria viável permitir a entrada de mulheres na nossa piscina», finalizou.
É uma prática comum nesta região existirem complexos desportivos que só permitem a entrada de homens e mulheres em dias separados, no entanto esta proibição total da entrada de mulheres vai contra a lei da constituição russa, segundo activistas.
Três mulheres da República do Daguestão já apresentaram uma queixa contra o Ministério Público regional, acusando o complexo desportivo de discriminação inconstitucional de género.