Amesterdão: Dívidas dos jovens mais que triplicam. Banco do Estado assume uma parte
A cidade holandesa de Amesterdão promete libertar os jovens do pagamento de algumas dívidas, para que se concentrem apenas no seu futuro educativo ou profissional.
Alguns jovens adultos vêem-se impossibilitados de entrar no mercado de trabalho ou de concluir os seus estudos, por estarem demasiado concentrados nas dívidas que contraem, tal como acontece noutras zonas da Europa, segundo o ‘The Guardian’.
«As dívidas causam muitos nervos e no caso dos jovens, elas acabam por determinar o seu futuro ”, disse o vice-presidente de Amsterdão, Marjolein Moorman, citado pelo jornal britânico. «A maioria dos jovens já inicia (a vida escolar ou profissional) com algum atraso e, devido ao azar ou ignorância, vêem-se numa situação da qual só conseguem sair com ajuda. É por isso que vamos ajudá-los, para que eles possam começar de novo.»
Neste sentido, o banco de crédito municipal apostou num projecto experimental, negociando com os credores a compra das dívidas, através do pagamento de 750 euros aos mesmos, como incentivo para que passem a dívida ao banco.
Os jovens que mais participarem com sucesso em programas educativos ou de formação profissional, terão mais dívidas pagas, funcionando como um incentivo à progressão de cada individuo.
Prevê-se que o projecto comece em Fevereiro, sendo que cada um dos jovens participantes vai receber um orientador.
De acordo com dados oficiais mais de um terço (34%) dos habitantes de Amesterdão, com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos, têm dívidas contraídas. O valor médio da dívida aumentou de 12.400 euros em 2015 para 13.700 euros em 2019. Já o número de jovens com dívidas também seguiu a mesma tendência, subindo de 388 mil para os 1,4 milhões.