Portugal mantém missão com navio e 37 militares em São Tomé e Príncipe apesar de acordo com a Rússia

O recente acordo militar entre São Tomé e Príncipe e a Rússia trouxe à tona preocupações sobre o futuro da segurança marítima do país africano. Este acordo, que inclui a troca de informações secretas e a possibilidade de visita de aviões e navios de guerra russos às águas são-tomenses, foi recebido com ceticismo pelas autoridades portuguesas, incluindo o Presidente da República e o Governo. No entanto, o nosso País vai manter a missão militar neste território.

Desde 2018, Portugal tem desempenhado um papel crucial na segurança marítima de São Tomé e Príncipe, com um navio de guerra português a fazer patrulha das suas águas. Esta missão, que também conta com o apoio de uma lancha rápida enviada pela Marinha portuguesa, foi intensificada em 2023 com a substituição do antigo navio de vigilância por um mais moderno, o Centauro, construído em 1999. Atualmente, 37 militares portugueses estão em São Tomé e Príncipe realizando missões de formação e patrulha, garantindo a segurança marítima do país africano.

No entanto, o acordo com a Rússia coloca novos desafios para esta missão portuguesa. O chefe do Estado Maior da Armada portuguesa, Gouveia e Melo, reconheceu que têm ocorrido “situações desagradáveis” durante as vigilâncias em águas portuguesas desde o início da guerra na Ucrânia. Agora, a marinha portuguesa pode ter que conviver com a presença da marinha russa em águas são-tomenses.

Apesar dessas preocupações, o Ministério da Defesa assegurou à TVI/CNN Portugal que a missão em São Tomé e Príncipe permanece inalterada, e que o navio, a lancha e os 37 militares empenhados na missão assim vão continuar.

“No presente momento não está prevista qualquer alteração”, afirmou o ministério, agora liderado por Nuno Melo.






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