Arranca este domingo a campanha eleitoral para as eleições regionais antecipadas na Madeira, que se realizarão a 26 de maio.
Para hoje estão previstas poucas ações, contando-se conferência de imprensa do CDS-PP, e uma intervenção da IL sobre o excesso de turismo na ilha.
Como será o boletim?
O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o ADN em primeiro lugar e o JPP em último.
À Alternativa Democrática Nacional (ADN) seguem-se no boletim de voto Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS – Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
Quanto vão gastar os partidos?
As 14 forças políticas candidatas preveem gastar 949.678,34 euros na campanha, segundo os orçamentos consultados pela Lusa, com o PSD a liderar os gastos, prevendo custos de 340 mil euros, que devem ser cobertos por uma subvenção estatal de 250 mil euros e 90 mil de contribuição do partido. A maior fatia do orçamento dos sociais-democratas (90 mil euros) será canalizada para propaganda, comunicação impressa e digital, seguindo-se estruturas, cartazes e telas (75 mil), brindes e outras ofertas (75 mil) e comícios e espectáculos (60 mil).
De acordo com a informação disponibilizada na página da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o PS é o segundo partido a investir mais na campanha – 150.000 euros, verba proveniente na totalidade da subvenção estatal –, canalizando a maior fatia (75 mil) para comícios e espectáculos.
Segue-se o CDS-PP, com um gasto previsto de 100 mil euros, sendo um quarto para estruturas, cartazes e telas. O JPP prevê gastar 96.100 euros na campanha, com a maior fatia (20 mil) direccionada para estruturas, cartazes e telas. A CDU é a quinta força política com o orçamento mais elevado (80 mil euros), seguindo-se a IL (60 mil), o BE (42.720), o PAN (30.358), o Chega (25 mil), o Livre (10 mil), o PTP (5 mil) e o RIR (500 euros). O MPT não estima gastar qualquer quantia, à semelhança do que se verificou nas eleições de 2019 e 2023.
O ADN não entregou o orçamento, mas o cabeça de lista do partido, Miguel Pita, disse à agência Lusa que o documento será remetido ainda nesta segunda-feira, indicando que o valor é de 10 mil euros.
A campanha eleitoral irá decorrer até 24 de Maio. As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o Parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em Janeiro, quando o líder do governo regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção. Posteriormente, Miguel Albuquerque apresentou a demissão, o que levou à queda do executivo.
Nas regionais de 24 de Setembro de 2023, tinha havido uma segunda coligação além da CDU: PSD e CDS-PP concorreram coligados. Dos 47 mandatos, esta última coligação conseguiu eleger 23 deputados, o PS ficou com 11, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN e o BE elegeram um deputado cada um. Na altura, registou-se uma abstenção de 46,65%. Para conseguir maioria absoluta no Parlamento regional, Miguel Albuquerque negociou um acordo de incidência apenas parlamentar com o PAN.
Desta feita, Albuquerque terá as contas mais complicadas: o Chega quer reforçar a sua representação e já recusou quaisquer acordos, e o mesmo garantiram o Livre Madeira e o ADN-Madeira. Já o CDS afastou ser “bangala ou “extensão” do PSD na Madeira.
*Com Lusa













