Escolas em ‘contrarrelógio’ para poder realizar provas e exames nacionais: Governo avança 6,5 milhões de euros para comprar computadores

As escolas vão ter um orçamento de 6,5 milhões de euros para a compra de novos computadores, revelou esta segunda-feira o ‘Jornal de Notícias’: a medida, aprovada no Conselho de Ministros da passada quinta-feira, visa substituir os equipamentos estragados ou sem condições e permitir assim a realização das provas de aferição (2º, 5º e 8º anos) e provas nacionais do 9º ano, que serão em formato digital este ano.

“A verba agora aprovada, superior a 6,5 milhões de euros, visa permitir que as escolas substituam computadores que estão
inoperacionais porque a sua reparação não é viável ou compensadora”, referiu o ministério de João Costa, que recordou que, no âmbito do programa ‘Escola Digital’ já foram entregues um milhão de computadores para alunos e professores.

A verba, sublinhou o ministério, pretende dotar as escolas “de todas as condições para a realização das provas em formato digital”.

Recorde-se que a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) realizou recentemente uma ação em 55 escolas para avaliar a realização de provas e exames nacionais. Foram detetadas falhas em 45% das escolas – 25 -, sendo que a maioria diz respeito ao desempenho dos professores vigilantes, que, para a IGEC, causa preocupação.

No que diz respeito às provas finais de ensino básico e nos exames nacionais, não foram sinalizadas falhas em 61% das escolas visitadas pelos inspetores, uma melhoria face a 2022, que tinha atingido os 56%.

Já nas provas de aferição, os resultados são mais preocupantes, pois apenas não foram sinalizadas irregularidades em 27% das intervenções – em 2022, foi de 64%, “o que denota um agravamento do desempenho das escolas”, indicou o relatório da IGEC.

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