Ventura diz que se PSD rejeitar o Chega, o partido “não vai alinhar”

André Ventura disse esta quinta-feira acreditar que “até final do ano haverá um acordo de Governo, um entendimento maior” com o PSD, no rescaldo da indigitação de Luís Montenegro como primeiro-ministro.

O Presidente do Chega voltou a sublinhar que tem “disponibilidade para convergência com a AD”, mas que a coligação, “rejeitando o Chega completamente”, não permite que o partido venha “a alinhar com as grandes linhas políticas vertidas no Orçamento do estado para o próximo ano”.

“Acredito que até ao final do ano haja um acordo de Governo, um entendimento maior [com o PSD]”, apontou. “É a democracia a funcionar”, referiu.

Ventura descreveu que o PSD e o CDS conseguem formar duas maiorias parlamentares, ou com o PS, ou com o Chega. “O PSD decidirá depois se acha normal que o seu parceiro seja o PS, e respeitaremos essa decisão, e seremos líderes de oposição”.

Se Montenegro mantiver o “não é não” ao Chega, “assumirá essa responsabilidade”, descreveu Ventura, explicando que ainda não teve oportunidade de falar com o líder social-democrata após este ter sido indigitado primeiro-ministro.

“Se, como eu penso que acontecerá, Luís Montenegro perceber que, no lado do PS, não há nenhuma parceria viável, a única alternativa é o Chega”, resumiu. Ventura foi mais longe e disse que, se o PSD rejeitar um entendimento com o Chega, o partido de extrema-direita, que assegurou 50 deputados na Assembleia da República “não vai alinhar” com os sociais-democratas.

Sobre o ‘café’ em Bruxelas entre Costa e Montenegro, Ventura considerou que é “um sinal preocupante de que o PSD se prepara para começar um governo em linha de continuidade com a governação de António Costa”.

“Ouvir esta espécie de continuidade só nos aumenta a certeza de que será uma continuação do Governo de Costa e, se for esse o caminho, de aproximação ao PS, o Chega estará firma na oposição”, garantiu Ventura.

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