Onde se vão sentar os deputados no novo Parlamento? Primeira fila em disputa, mas já se sabe que CDS vai ficar entre IL e Chega
Já estão praticamente fechadas as contas aos lugares de deputados eleitos nas eleições legislativas de 10 de março e, agora está em discussão qual será a composição do novo parlamento. Afinal, onde se vão sentar os deputados? E o CDS, partido que ‘regressa’ à Assembleia da República?
Segundo avançam fontes partidárias ao Expresso, os dois deputados do CDS-PP, eleitos nas listas da Aliança Democrática (AD), irão sentar-se entre os oito deputados da IL e os prováveis 50 deputados do Chega.
Por decidir ainda estão ainda os lugares na primeira fila, a distribuição das salas e gabinetes do parlamento. Os serviços da AR estão ainda a tratar de planear a distribuição ds espaços.
A proposta será apresentada e analisada em conferência de líderes, que se vai reunir na próxima semana, tendo em vista a preparação da primeira sessão da nova legislatura. A sessão dependerá da publicação dos resultados finais oficiais das legislativas.
Nas mudanças de legislatura tem de haver alterações dos lugares em função dos resultados, e este ano são alguns aspetos a ter em conta. O PS ‘encolhe’ dos 120 para menos de 80 deputados, o Chega passa de 12 para 49 ou 50, e o CDS regressa ao Parlamento. Ainda assim, os deputados do partido de Nuno Melo não deverão ter garantidos lugares na primeira fila.
Serão esses os lugares que serão discutidos na conferência de líderes, que estão a ser disputados pelos vários partidos. BE e PCP têm lugares na primeira fila de que não querem abdicar, e o Livre, que agora saiu reforçado, quer também um localização de destaque.
Nos partidos à esquerda do PS mantêm-se os lugares na frente, sendo que a IL quer ter três (em vez de dois) assentos na primeira fila, e o Chega não poderá manter as mesmas três que tinha (terá de ter mais).
Também há mudanças a serem preparadas para as salas dos partidos, no piso nobre: Em 2022, a IL ocupou uma das salas que outrora foi do BE, o Chega ficou com a que era do CDS-PP, com o BE a passar para o piso abaixo.
Agora, o CDS deverá pedir mais espaço no piso, o CDS quererá recuperar a sala que tradicionalmente foi sua e o Livre quer ocupar a sala que até agora era do PCP.
Outra questão que, numa fase posterior, deverá também implicar discussão será a distribuição das presidências das comissões parlamentares, que também asseguram lugares nas salas do Palácio de São Bento, ou no corredor que liga os dois edifícios do Parlamento.