Sondagem: Maioria dos eleitores ocidentais considera que democracia está pior do que há 5 anos

O ano que vem fica marcado por eleições: não é só Portugal, há também as eleições Europeias, nos EUA e na Rússia, por exemplo mas, no que concerne aos eleitores ocidentais, vivem-se dias de crise de confiança nas instituições democráticas. É o que revela a mais recente sondagem da Ipsos.

Segundo o estudo de opinião, a maioria dos eleitores de sete países ocidentais considerados, incluindo EUA, França e Reino Unido, diz que a situação da democracia no seu país está pior do que há cinco anos.

Os resultados, avançados ao Político, revelam que, nos EUA, quase 7 em cada 10 eleitores consideraram que a democracia piorou no seu país nos últimos anos, enquanto 73% afirmaram o mesmo em França. No Reino Unido foram mais de 60% dos inquiridos a considerara o atual estado da democracia pior do que há cinco anos.

Em todos os países considerados na sondagem (que incluiu também eleitores na Croácia, Itália ou Polónia), com exceção de um, cerca de metade dos inquiridos reportou estar “insatisfeito” com o funcionamento da democracia e a maioria concordava com a afirmação de que os sistema está “viciado” a favor dos ricos e poderosos e que uma “mudança radical é necessária”.

Só na Suécia uma maioria de 58% dos inquiridos diz estar satisfeita com a forma como o sistema governamental funciona.

Entre os países da UE há realidades contrastantes, mas uma clara maioria diz ser favor do bloco europeu, ainda que aponte insatisfação sobre com funciona a democracia a nível de instituições da UE. Uma minoria considerou ter de facto influência nas decisões tomadas na Europa.

Na Croácia o nível de satisfação é mais elevado: 26% dos inquiridos estava satisfeito com a democracia na UE, acima até dos que se consideram felizes com a democracia a nível nacional (21%).

“Estas conclusões sugerem que um desafio fundamental para a UE antes das eleições para o Parlamento Europeu de 2024 será alavancar o apoio contínuo ao projeto da UE para ajudar a restaurar perceções positivas das instituições, agências e organismos da UE”, considerou Christine Tresignie, diretora da Ipsos European, em comunicado que descreve os resultados da sondagem.

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