Quase 40 funcionários de portos e aeroportos nacionais detidos nos últimos 3 anos por suspeita de ligação a redes de tráfico de droga
Desde início de 2021 e até final de novembro deste ano, já foram detidos 39 trabalhadores de portos e aeroportos nacionais, por suspeitas de integraram redes de tráfico de droga.
Os números são avançados ao Diário de Notícias, pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ), e perante um avanço na Europa sem precedente do tráfico de cocaína, cujas apreensões em Portugal bateram o recorde no ano passado, que já motivou alertas das autoridades europeias para um incremento da corrupção de funcionários portuários e aeroportuários, por parte dos narcotraficantes, e que levaram a reforço das investigações das polícias.
Por exemplo segundo os dados da UNCTE da PJ, no aeroporto de Lisboa, no ano passado, foram feitas sete vezes mais detenções do que em 2021. Passaram de três, em 2021, para 21, no ano seguinte.
Já este ano o volume de detenções baixou: com quatro suspeitos detidos no início de novembro a juntarem-se aos oito funcionários presos desde início de 2023, e a outros dois ex-funcionários e um polícia municipal de Lisboa. Há registo também de quatro estivadores do Porto de Leixões detidos este ano por suspeitas de ligação a redes de tráfico de droga.
No total, nos últimos três anos, foram instaurados 243 inquéritos relacionados com trafico de droga em portos e aeroportos: Em 2021 foram 47, em 2022 68 e, até à semana passada, este ano contavam-se 53.