Zona Euro pode enfrentar “recessão técnica” no quarto trimestre, alerta o Diretor-Geral da Ebury

A semana passada ficou marcada por um mercado calmo e com menor volatilidade nos EUA, consequência do Dia de Ação de Graças. Já na Europa, o principal motivo de interesse para os mercados financeiros foram os índices PMI da atividade empresarial na zona Euro e no Reino Unido, o primeiro com números fracos e o segundo mais forte do que o esperado.

“Como consequência, a libra esterlina verificou uma ligeira valorização face ao euro e ao dólar americano. As moedas dos mercados emergentes, tal como os ativos de risco, desvalorizaram sem qualquer razão evidente, terminando a semana, na sua maioria, 1% abaixo do ponto de partida”, explica à Executive Digest, David Brito, Diretor-Geral da Ebury.

O especialista revela ainda que, esta semana, a atenção deve voltar-se para os dados económicos, em particular para o relatório sobre a inflação na Europa. O principal indicador, os números da inflação “flash” da Zona Euro para novembro, serão divulgados na quinta-feira, no mesmo dia que o relatório PCE dos EUA de outubro.

“Os números flash do PMI na Zona Euro continuam a apontar para uma contração económica no quarto trimestre, o que confirmaria uma recessão técnica após a impressão negativa do terceiro trimestre. O BCE procura algum alívio no relatório da próxima semana sobre a inflação de novembro, que deverá mostrar mais uma queda significativa nos índices principal e de base, para pouco menos de 4% no último caso”, explicaDavid Brito.

O especialista aponta ainda que, independentemente do resultado, a subida do euro face ao dólar em novembro será difícil de manter, a menos que a economia da zona euro comece a dar sinais de vida.