Galileu: A segurança informática começa connosco

A constante evolução das ameaças cibernéticas e a crescente interligação de sistemas e dos dados tornam as empresas cada vez mais vulneráveis a ataques informáticos.

É fundamental compreender que a segurança informática não trata apenas de tecnologia, de utilizar o melhor equipamento e software para fazer frente às ameaças. Ela começa connosco, com os colaboradores.

RISCOS E CONSEQUÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES
Os ataques informáticos representam uma ameaça multifacetada que pode causar danos significativos às organizações em várias frentes: O roubo de dados e informação sensível pode ter consequências devastadoras. Por outro lado, o acesso a dados financeiros, propriedade intelectual ou informações estratégicas da organização pode prejudicar seriamente a sua competitividade e posição no mercado.
Acresce ainda o risco para a infraestrutura da organização: os ataques podem afetar o bom funcionamento da infraestrutura e têm o potencial para provocar enorme disrupção na atividade da organização e inclusivamente constituir um risco físico para colaboradores e clientes. Por tudo isto, a confiança dos clientes e parceiros é fortemente abalada por estes ataques, podendo resultar em perdas reputacionais e financeiras a longo prazo.

COLABORADORES COMO PRIMEIRA BARREIRA DE PROTEÇÃO
No que toca a ataques cibernéticos, o erro humano continua a ser a principal porta de entrada e com a expansão do trabalho remoto, os profissionais e os seus equipamentos de trabalho passaram a estar ainda mais expostos a riscos. Desta forma, é urgente a formação transversal dos colaboradores nesta área.
A formação em cibersegurança é crucial para mitigar riscos relacionados com estas ameaças e irá levar a uma maior consciencialização dos colaboradores para a cibersegurança, preparando-os para identificar as ameaças com que se irão deparar mais frequentemente, permitindo-lhes identificar os principais sinais de alerta para estas ameaças e sensibilizando-os para os riscos associados ao uso inadequado da tecnologia. Devidamente preparados, os colaboradores constituirão a primeira barreira de proteção da organização contra ciberataques.

UMA EQUIPA ESPECIALIZADA
Se por um lado uma abordagem transversal de formação permite aos colaboradores identificar ameaças, adotar boas práticas de segurança e responder a incidentes de forma adequada, conferindo um maior grau de proteção à organização, por outro, é necessário criar equipas especializadas em cibersegurança dentro da equipa de TI, acautelando também a segurança dos sistemas e infraestrutura da organização.
Dentro do campo da cibersegurança, existem diversas especializações, permitindo que os profissionais desenvolvam competências específicas para enfrentar desafios específicos. Estes profissionais são responsáveis por tornar a infraestrutura da organização mais robusta e, em caso de ataques, mitigar danos e manter ou retomar o mais rápido possível a atividade da empresa.
Em suma, a segurança cibernética surge como um fator crítico para o sucesso das empresas que não pode nem deve ser negligenciado. A formação é uma ferramenta importante para desenvolver uma “barreira humana” robusta, preparada para enfrentar os desafios do mundo digital e garantir a resiliência cibernética das organizações.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Cibersegurança”, publicado na edição de Outubro (n.º 211) da Executive Digest.

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