Quanto mais pode subir o preço do petróleo? Estes são os cenários em cima da mesa

O petróleo está uma vez mais no centro do furacão. Depois do ataque da Rússia à Ucrânia, que levou a cortes na produção do ouro negro, junta-se agora a guerra entre Israel e o Hamas, que tem levantado novamente alertas sobre as consequências no preço da matéria-prima.

O ‘El País’ fez as contas e apresenta vários cenário possíveis para o preço do petróleo no mercado. O primeiro constata o que se está a passar atualmente, e sublinha que se não houver intervenção das outras potências árabes no conflito, o prço do petóleo deve manter-se nos 90 dólares por barril e o gás nos 50 dólares por MW/h., de acordo com a consultora energética Rystad Energy.

O Irão será uma peça chave neste problema. “Há algum tempo que o Ocidente tem feito vista grossa ao petróleo iraniano, para evitar que os preços subam vertiginosamente”, dizem ao ‘El País’ os especialistas da consultora de risco Eurasia.

Agora, a Administração dos EUA tem dois cenários na mesa, primeiro redobrar a pressão sobre o Irão pelo seu apoio ao Hezbollah e ao Hamas, sob o risco de a gasolina disparar às portas das eleições ou, pelo contrário, deixar as coisas como estão e o eleitorado sente que a administração Biden não é suficientemente dura com o regime do Aiatolá.

As exportações iranianas atualmente os 1,5 milhões de barris por dia e embora a China (e não os EUA ou a Europa) seja o seu principal cliente, qualquer impacto na sua produção teria consequências para o mundo inteiro. A mesma fonte estima que neste cenário de endurecimento das sanções, poderão desaparecer do mercado cerca de 300 mil barris por dia, o que pode levar a um aumento do preço para 95 dólares o barril.

Outro cenário, o pior possível, é que a entrada do Teerão no conflito implicaria o encerramento do Estreito de Ormuz, que liga o Golfo de Omã ao Golfo Pérsico, e por onde passa um terço do petróleo bruto que se movimenta por mar no mundo. Os dados mostram que se poderia perder cerca de dois milhões de barris por dia [2% do consumo global], com o preço potencial a disparar para os 12 dólares por barril.