“É provável que a volatilidade do mercado se mantenha elevada até ao final de outubro”, explica analista
Os mercados acionistas iniciaram a nova semana de negociações com o pé esquerdo esta segunda-feira, com as incertezas globais a persistirem.
As preocupações geopolíticas continuam a afetar o apetite pelo risco esta semana, com os investidores a digerirem a perspetiva de um conflito militar que se alastre às regiões vizinhas do Médio Oriente, especialmente depois dos últimos acontecimentos com a organização Hezbollah, no Líbano. Entretanto, a China, que anteriormente alertou para os riscos de uma potencial escalada do conflito, também enviou seis navios de guerra para a região durante o fim de semana, aumentando ainda mais a pressão sobre o sentimento do mercado esta manhã.
Por outro lado, os investidores em ações continuam sob a pressão de custos de empréstimos mais elevados e do aumento dos rendimentos do tesouro e aguardam dados económicos importantes dos EUA, juntamente com uma decisão monetária do BCE, no final desta semana.
É provável que a volatilidade do mercado se mantenha elevada até ao final de outubro, uma vez que os investidores têm de lidar simultaneamente com muitos dos principais impulsionadores do mercado, o que poderá levar a uma forte ação dos preços em muitas classes de ativos.
Tecnicamente, a queda de hoje no índice STOXX-50 levou o mercado a atingir um nível chave de suporte a longo prazo em 4.014,0pts (38,2% de retração Fibonacci da recuperação do mercado iniciada no ano passado), onde poderá ocorrer uma correção, mesmo que a tendência permaneça maioritariamente de baixa para as ações.
Pierre Veyret
Analista técnico da ActivTrades