Bolsas europeias em baixa arrastadas pela subida dos juros das dívidas soberanas

As principais bolsas europeias estavam hoje em baixa, pressionadas pela subida das taxas de juro das dívidas soberanas, num contexto de tensão crescente entre Israel e o Hamas.

Às 09:15 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a descer 0,95% para 440,79 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt recuavam 1,27%, 1,02% e 0,68%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 1,19% e 1,40%, respetivamente.

A Bolsa de Lisboa mantinha a tendência de abertura, estando às 09:15 o principal índice, o PSI, a descer 1,11% para 6.079,08 pontos.

Na Europa, as bolsas voltaram hoje a cair com força, depois do aumento da tensão no Médio Oriente, que fez subir os preços do petróleo e levou os investidores a divergir para ativos de refúgio, como as dívidas soberanas e o ouro.

O Brent, petróleo de referência na Europa, que na quarta-feira subiu mais de 1%, desce 0,31% a esta hora para 91,23 dólares, contra 91,50 dólares na sessão anterior.

O ouro, que na véspera tinha subido para mais de 1.960 dólares por onça, desce hoje para 1.950 dólares.

Por outro lado, os juros das dívidas mantêm-se em alta, num dia em que o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, poderá dar algumas pistas sobre as decisões relativas às taxas de juro que serão tomadas na reunião de 1 de novembro.

O rendimento das obrigações alemãs a 10 anos subiu para 2,944%.

Nos Estados Unidos, o rendimento das obrigações a 10 anos, que na quarta-feira ultrapassou 4,9%, o que não acontecia desde 2007, prolongou a subida para 4,952%.

Afetada pela subida das taxas de rendibilidade das obrigações, a bolsa em Wall Street fechou na quarta-feira ‘no vermelho’, com o Dow Jones a fechar a descer 0,98% para 33.665,08 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro de 2022.

O Nasdaq terminou a recuar 1,62% para 13.314,30 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro de 2021.

Entre os dados macroeconómicos a divulgar hoje destacam-se o inquérito às empresas em França, a balança comercial espanhola, bem como a balança corrente em Portugal e na zona euro e os novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA.

A nível cambial, o euro abriu a valorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0543 dólares, contra 1,0537 dólares na quarta-feira e 1,0462 dólares em 03 de outubro, um mínimo desde dezembro de 2022.