Vandalismo e injúria não é indignação ou manifestação, é crime!

Opinião de Nelson Pires, General Manager da Jaba Recordati

As manifestações a que temos vindo a assistir em defesa da humanidade por causa da destruição ambiental que o nosso modo de vida gera, não me representam. O motivo sim, a forma não! Apesar dos ditos “manifestantes” afirmarem que estão em defesa de toda a humanidade, não estão. Pelo menos da minha, não. Estão a cometer um crime de vandalismo e a provocar danos irreparáveis na nobreza das causas que defendem. Atirar com ovos a um ministro ou bloquear vias rodoviárias de elevada circulação, é um crime que não devia ser tolerado. A impunidade apenas permitirá que mais intolerantes se sintam motivados para praticar atos ilegais e criminosos. As manifestações têm regras, devem seguir a lei e a sua violação não deve ser tolerada. “Enxovalhar” um ministro de estado é um crime público portanto as autoras devem sofrer as consequências. Mesmo não querendo o ministro apresentar queixa, conforme já disse (e mal do meu ponto de vista, apesar da sua urbanidade). Não precisa. A procuradoria já devia ter acusado as autoras, rapidamente para dar o exemplo. Esta hostilidade é um ataque intolerante à dignidade pública, pessoal e do estado, pois o ministro estava no exercício das suas funções, a representar todos os Portugueses. 

Bloquear a segunda circular ou a avenida de Roma também não é uma forma legítima de manifestação. Trata-se de Desobediência civil. Já vimos o mesmo há algum tempo acontecer com o bloqueio no acesso às escolas. Estas Infrações atormentam a vida das pessoas, prejudicam a causa que tentam defender, dá uma sensação de impunidade (que “vale tudo”) e apenas dá protagonismo a alguns “imberbes” que não o merecem. E não sabemos se a iniciativa é destes indivíduos ou há um estímulo de algumas organizações mais radicais a estas “marionetas” pouco esclarecidas.

Julgo que o direito à indignação deve ser agravado nestes casos para o direito à intolerância. Não podemos tolerar estes comportamentos ilegais, devemos estimular e permitir que a justiça seja urgente, siga o seu normal percurso. Não se pode atrasar com adiamentos recorrentes ou com suspensões provisórias dos processos que apenas dão a ideia aos cidadãos de que ninguém vai ser responsabilizado. Estes são atos de “selvajaria social” que são tão prejudiciais para a cidadania e a sociedade como aquilo que criticam!


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