O líder da IL anunciou hoje que o seu partido não vai apresentar propostas de alteração ao relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP por não querer “participar em farsas”, classificando o documento como “obra de ficção”.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Rui Rocha defendeu que o relatório foi feito “contra a realidade, contra a própria Assembleia da República” e “contra os próprios portugueses”.
“Há uma diferença brutal entre aquilo que é dito no relatório e o que os portugueses puderam acompanhar ao longo de dias, de semanas e, portanto, há aqui uma total mistificação. Estamos perante uma obra de ficção que contraria a realidade e o que os portugueses sabem”, criticou.
Rui Rocha afirmou que a IL faz uma “avaliação obviamente negativa daquilo que é a conclusão e a recomendação” do relatório e não irá “participar em farsas” nem em “tentativas de apresentar uma verdade que contraria aquilo que os portugueses viram e acompanharam”.
“Nós, perante isto, nem sequer faremos nenhum tipo de proposta de alteração do relatório, porque nós não participamos em farsas”, frisou.
O líder da IL recordou que, no início da comissão de inquérito à TAP, o primeiro-ministro tinha dito que “desejaria que a verdade fosse apurada doesse a quem doesse”, mas considerou que essas verdades “foram metidas debaixo do relatório”.
“Aquilo que vemos aqui é, neste relatório, um trabalho meticuloso no sentido de que, face a estas conclusões e recomendações, o próprio primeiro-ministro não pode retirar nenhuma consequência política”, disse.
Rui Rocha questionou se a elaboração do relatório não “terá sido precedido de reuniões preparatórias”, considerando que “seria difícil fazer um serviço mais ao encontro daquilo que são os desejos de António Costa do que aquilo que foi feito”.













