‘Boys’ do PS dominam nas empresas públicas: Em mais de 100 investigadas, metade tem administradores socialistas

Num total de 119 empresas que estão sob tutela do Governo, o PS está em maioria também no que respeita a representação de ‘boys’ ligados ao partido nas estruturas e cargos de liderança: Um total de 58, praticamente 50%, têm presidentes ou vogais e vice-presidentes do PS.

De acordo com a investigação da revista Sábado, apenas 3 são presididas por figuras ligadas ao PSD e, nas restantes (mais de 40%), o PS continua a ter um peso substancial nas empresas públicas consideradas.

No conjunto de empresas considerado, boa parte estão dentro da Parpública, que detém a Àguas de Portugal, a Efacec, a Companhia das Lezírias Upresidida por um ex-autarca socialista do Alentejo), a SIMAB ou a Estamo.

Esta empresa gere mais de mil milhões de euros de ativos imobiliários e está sob tutela das Finanças, e de Fernando Medina, que nomeou pessoas da sua confiança, como António Furtado e Fátima Madureira, para os cargos de presidência, com salários acima dos 6 mil euros por mês.

Os casos contam-se também na Fundiestamo, na Cruz Vermelha Portuguesa (Adalberto Campos Fernandes), na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (Ana Jorge), SCML (Paulo Pedroso, Sérgio Cintra, Ana Azevedo ou João Correia) ou Imprensa Nacional Casa da Moeda (Dora Moita).

É na última empresa que a investigação revela que são pagos valores elevados pelas viagens dos administradores: no ano passado dora Moita, ainda voga antes de passar a presidente, recebeu uma média de 4 mil euros mês por deslocações, bem como o presidente. A (INCM) justifica com o facto de estar a apostar numa estratégia de internacionalização.

São poucos os elementos do PSD que ainda resistem, após vários anos de governação socialista, nas empresas púbicas: Paulo Macedo, na CGD, Ana Paula Martins no Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Luís Castro Henriques na AICEP e Miguel Paiva no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga.

Por outro lado há casos, como o do Centro Hospitalar do Médio Ave, com mais do que um elemento ligado ao PS nos cargos de direção. São também exemplo indicado a administração do Centro Hospitalar Lisboa Central ou na Águas de Portugal.