Carlos Barbosa traça caminho de acção para novo mandato

Carlos barbosa
Determinado em dar continuidade ao trabalho levado a cabo pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) ao longo da última década, Carlos Barbosa parte para mais um mandato com uma estratégia de acção definida que tem por objectivo melhorar o serviço prestado por aquela entidade aos seus associados e a todos os automobilistas nacionais.
No final de Abril, o dirigente, que assumiu pela primeira vez a liderança desta entidade em 2004, foi reconduzido no cargo de presidente do ACP até 2019, batendo a lista opositora liderada por Raposo Magalhães com um diferencial de votos que se revelou significativo, com 20.791 votos contra 10.206.
Para este novo mandato, Carlos Barbosa pretende retribuir a confiança que os eleitores lhe concederam, dando como mote para os próximos quatro anos a continuidade do trabalho desenvolvido até aqui.
“[As directrizes para este mandato] são as que sempre orientaram o nosso trabalho: mais paixão, mais acção, mais energia, mais vantagens e mais ACP”, referiu Carlos Barbosa em entrevista à Automonitor, destacando, por exemplo, o progresso verificado pelo clube no que diz respeito ao número de associados ao longo dos últimos dez anos.
“Somos o maior clube de Portugal com mais de 252 mil sócios. Mais 41% do que quando assumi a presidência do clube em 2004”, garante o presidente desta instituição fundada em 1903, então como Real Automóvel Club de Portugal.
Duas das medidas que Carlos Barbosa pretende cumprir terminantemente neste seu mandato passam pelo projecto de emissão de cartas de condução pelo ACP e a abertura de mais centros de inspecção periódica com a chancela do clube, reservando mais novidades sobre estes assuntos “para breve”. De igual forma, também a promessa de um serviço de transporte de doentes efectuado pelo ACP é algo que aborda com confiança no que diz respeito ao seu cumprimento, com Carlos Barbosa a referir que “se não fosse exequível não o teria prometido. Vai ser uma realidade”. Outro objectivo passa por levar as escolas de condução do ACP a mais pontos do país.
Carta por pontos é benéfica
Olhando para um panorama mais geral do automóvel em Portugal, Carlos Barbosa destaca a importância e a mais-valia da introdução da carta de condução por pontos, admitindo que “já devia ter sido implementada há mais tempo, tal como acontece na Europa. Tem uma grande vantagem que é as pessoas terem facilmente acesso ao seu cadastro através da Internet, coisa que antigamente era impossível”.
Por outro lado, anuindo que o limite de velocidade nas auto-estradas deveria ser actualizado e aumentado como resposta aos progressos na segurança dos automóveis modernos, a figura máxima do ACP assume, por outro lado, que ainda há muito a fazer para minimizar a sinistralidade nas nossas estradas. Mas salienta que os passos dados nesse sentido nos últimos anos têm sido bastante importantes.
“Não temos a visão da sinistralidade zero, mas há muito que pode e deve ser feito. A começar pela educação, por uma cultura rodoviária, e isso só se consegue se começarmos pelos mais novos. No ACP temos desde há três anos um grande projecto de educação rodoviária, o ACP Kids, que mereceu este ano da Comissão Europeia o Prémio de Excelência em Segurança Rodoviária”, explica.
Sobre a recuperação do mercado automóvel nacional, o responsável prefere adoptar um discurso cauteloso sobre o final definitivo da crise no sector: “Apesar de os sinais serem positivos e nos animarem a todos, ainda é cedo para dizer que a crise já era”, assevera Carlos Barbosa.
Rali de Portugal foi “sucesso absoluto”
Escassos dias depois de terminada mais uma edição do Rali de Portugal, prova que este ano se transferiu do Sul para o Norte de Portugal, o balanço da competição foi também enaltecido pelo presidente do ACP, para quem o rali foi “um sucesso absoluto, um enorme espectáculo e uma prova desportiva que faz do WRC Vodafone Rally de Portugal o melhor rally do mundo”.
Com efeito, a prova do Mundial de Ralis que este ano foi ganha por Jari-Matti Latvala (Volkswagen), recebeu vastos elogios por parte de pilotos, equipas e entidades da Federação Internacional do Automóvel (FIA), salientando-se o comportamento ordeiro dos milhares de espectadores que fizeram do rali uma festa nacional.