Ex-CEO da Thomas Cook pede desculpa aos clientes e trabalhadores

O ex-presidente do Conselho de Administração da Thomas Cook, Peter Fankhauser, acusado de ter levado para casa cerca de 9,4 milhões de euros em prémios e bónus, diz que trabalhou «muito duro» para receber aquela quantia, avança o “El Economista”.

Na audição de ontem, no Parlamento britânico, o ex-gestor da Thomas Cook disse que pagou 20 milhões de libras (22,95 milhões de euros) em bónus nos últimos anos à cúpula, alegando que trabalhou «incansavelmente» desde que assumiu a liderança do operador turístico em 2014. Segundo Fankhauser, a soma das quantidades terá dado cerca de 8,3 milhões de libras (9,5 milhões de euros) num período de cinco anos.

Entre 2018 e 2019, diz que não recebeu bónus. A sua última bonificação terá sido em 2017 e ascendeu a 750 libras (856 euros), dos quais 30% em acções.

Fankhauser veio também pedir desculpas a todos aqueles que foram afectados pelo fim da Thomas Cook, que declarou falência a 23 de Setembro, devido a dificuldades financeiras. A quebra do operador, recorde-se, empurrou mais de 22 mil funcionários para o desemprego e obrigou ao repatriamento de milhares de turistas em 51 destinos afectados em cerca de 16 países onde o grupo operava.

A comissão voltava à carga, perguntando ao gestor se estaria disposto a devolver os prémios e bónus. A resposta foi algo vaga. Fankhauser disse que irá «avaliar o que é certo, mas não hoje».

Outros ex-gestores da Thomas Cook estiveram ontem presentes perante a comissão de inquérito, incluindo o ex-presidente da Thomas Cook, Frank Meysman, o ex-CFO, Sten Daugaard, e a chefe do comité de auditoria Martine Verluyten. A próxima audição está agendada para 22 de Outubro.

Recorde-se que, o “The Guardian” avançou esta terça-feira que a quantia que pode ser exigida pelo Governo britânico aos gestores do operador turístico Thomas Cook está limitada a um milhão de libras (cerca de 1,2 milhões de euros), devido aos contratos dos empresários. 

Ler Mais





Comentários
Loading...