CGTP ameaça Costa com novas greves
«Das duas uma: Ou o Governo dá resposta às nossas reivindicações ou terá que contar connosco no que respeita à contestação», afirmou esta segunda-feira o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), em entrevista à rádio “Observador”.
Na última sexta-feira, dia 11, houve um encontro nacional com 800 activistas, tendo ficado assumido esse compromisso, segundo Arménio Carlos.
A CGTP reclama uma alteração às leis laborais e insiste na proposta de aumento generalizado de 90 euros por mês, argumentando que o Governo tem suficiente folga orçamental para isso. Segundo aquela entidade, o Governo de Costa «manteve o que de pior tinha a legislação laboral e agravou em alguns casos».
Questionado obre a reunião da CGTP com o primeiro-ministro indigitado, António Costa, na semana passada, o sindicalista revelou: «A ideia com que ficamos é que vamos ficar na mesma». «Não tivemos contraponto à nossa argumentação. Quando lhe transmitimos como é possível que para a mesma função, por exemplo, caixa de supermercado, é exigido a um jovem um período experimental de 180 dias enquanto a outra pessoa para a mesma função é exigido 90 dias, ninguém tem justificação para isto. Nem o primeiro-primeiro que nos disse ‘Se calhar agora vale a pena deixar passar um tempo para avaliar», salientou.
Para Arménio Carlos, a questão laboral «é a pedrinha no sapato do Governo». Mas avisa: «Ou altera ou com certeza não vai esperar que nós fiquemos na expectativa para ver aquilo que acontece».