OMS abandona investigação sobre origens da Covid-19 por falta de colaboração da China
A Organização Mundial de Saúde abandonou os planos de continuar a sua investigação às origens da Covid-19 na China, devido às dificuldades em obter colaboração do governo e das autoridades de saúde daquele país.
A teoria que estabelece como possível que a Covid-19 tenha ‘escapado’ de um laboratório não caiu, com a última investigação da OMS e pedir mais pesquisa sobre esta possibilidade, dado que não há novos dados para avaliar as alegações.
O grupo consultor científico da OMS que estava alocado à investigação de provas sobre as origens do coronavírus pediu novos estudos em junho de 2022, incluindo auditorias a laboratórios próximos de onde o surto inicial foi reportado, em Wuhan, na China.
Mas, agora, a diretora técnica da Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, confirma à revista científica Nature que “não vai haver uma segunda fase” de investigação.
A responsável adianta que a OMS planeava que o trabalho fosse feito por fases mas que “esse plano mudou”. “As questões políticas pelo mundo sobre esta realidade dificultaram muiro o progresso na compreensão das origens da Covid-19”, acrescenta Van Kerkhove.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus , entrou diretamente em contacto com o governo comunista chinês e encorajou as autoridades a partilharem dados abertamente, segundo revelou Maria Van Kerkhove, mas sem qualquer sucesso. “Nós queremos mesmo, mesmo muito ser capazes de trabalhar com os nossos colegas lá [na China]. É uma frustração muito grande”, lamentou.
A recusa da China em colaborar levou anteriormente a que Tedros Adhanom Ghebreyesus apelasse publicamente a que fossem fornecidos dados não-trabalhados sobre os primeiros dias da pandemia, pedindo às autoridades chineses para serem “abertas e cooperarem”.
Com a investigação da OMS terminada sem resultados, continua, nos EUA, a investigação dos Republicanos à origem da pandemia da Covid-19, na China.