Dois mortos em ataque a Centro Ismaelita em Lisboa

Duas mulheres foram mortas à facada, na manhã desta terça-feira, como resultado de um ataque ocorrido num Centro Ismaelita na Avenida Lusíada, em Lisboa, que fez vários feridos, entre os quais dois graves.

O atacante, um homem de nacionalidade afegã, já foi detido pela Polícia de Segurança Pública (PSP), avança a CNN Portugal, após terem-lhe sido “dadas ordens para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão”.

Quando os agentes chegaram ao local, por volta das 10h58, “deparam-se com um homem armado com uma faca de grandes dimensões” e “face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor”, explicou a PSP, em comunicado. 

As autoridades alvejaram o suspeito numa perna tendo, por isso, sido transportado para o Hospital de São José, onde o policiamento na unidade hospitalar foi reforçado.

Foi criado um perímetro de segurança no interior e exterior do Centro Ismaelita, estando no local meios da Unidade Especial da PSP, nomeadamente o Corpo de Intervenção, os Bombeiros e o INEM.

Perante o incidente, o primeiro-ministro António Costa comentou, em declarações aos jornalistas: “Queria expressar à comunidade ismaelita, às famílias das vítimas a minha solidariedade e o meu pesar” ao destacar a “pronta intervenção da Polícia de Segurança Pública que permitiu a detenção do suspeito, que está no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a receber tratamento médico”.

Quanto à possibilidade de este ser um ato terrorista, o chefe do Governo revelou que “tudo indica que foi um ato isolado, mas não nos vamos antecipar” ao acrescentar que “é prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso, mas devemos aguardar com segurança que as autoridades procedam às necessárias investigações”.

Também o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa já se manifestou perante o incidente, tendo apresentado os seus “sinceros pêsames” ao Representante do Imamat Ismaili, em Lisboa, Nazim Ahmad, a quem pediu que os transmitisse também ao Príncipe Aga Kahn e às famílias das vítimas.

“O Presidente da República, que tem acompanhado permanentemente a situação, em contacto com o Governo, sublinha, por um lado, o facto de estarem a decorrer as investigações destinadas a apurar o sucedido, e, por outro, que, tal como declarado pelo primeiro-ministro, as primeiras indicações apontam para um ato isolado”, pode ler numa nota publicada no site oficial da Presidência.

Após o ataque, a PSP apelou “à serenidade e tranquilidade de todos” ao destacar que foram mobilizados “os efetivos necessários para a implementação das medidas de segurança adequadas e urgentes”.

Nas redes sociais, as autoridades pediram aos cidadãos “que não se desloquem para esta zona da cidade, devido à operação policial em curso”.

A Polícia Judiciária (PJ) deverá investigar a situação para perceber as causas do ataque.

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