Portugal registou uma tendência ascendente no volume de incidentes de cibersegurança nos últimos dois anos, sendo que durante os primeiros nove meses de 2022 o número de incidentes triplicou (211%). Isto revela a necessidade de as empresas perceberem se estão, de facto, protegidas.
O relatório Cyber Trends, da Mastercard identificou as principais tendências ao nível da cibersegurança em Portugal, e aponta para a importância das organizações utilizarem as melhores práticas e as ferramentas mais adequadas para prevenirem, defenderem e reagirem aos incidentes mais comuns identificados, como malware, engenharia social ou ransomware.
“Hoje, o trabalho à distância, as subscrições de serviços online ou na cloud tornaram-se comuns e os ganhos de eficiência fazem com que muitos ativos de negócio estejam já a ser geridos remotamente. Todos estes fenómenos implicaram, também, que a segurança tivesse de ser alargada muito para além do habitual perímetro das organizações e, agora, com um foco maior na cibersegurança e na gestão de riscos”, diz Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard em Portugal.
O estudo revela que a maioria dos incidentes de cibersegurança em Portugal dizem respeito, precisamente, a malware e ransomware, uma tendência que está em linha com a tendência europeia (63%).
A Mastercard aponta para a importância de as organizações efetuarem uma avaliação interna de processos, infraestruturas tecnológicas, práticas de segurança dos trabalhadores e níveis de maturidade de mais de 50 tipos de medidas de segurança.
“Perante o número crescente de incidentes de cibersegurança, é fundamental que as organizações saibam se estão, de facto, protegidas, o que só é possível através de uma avaliação regular dos seus ativos, quer a nível interno, quer externo”, refere Maria Antónia Saldanha.
Uma análise por sectores mostra que metade de todos os incidentes identificados no relatório dizem respeito às áreas de Serviços e Tecnologias (27%) e Media (20%), uma percentagem alinhada com a média europeia (51%). Além destes dois sectores, também foram identificados incidentes nos Serviços Públicos, que representam 15% do total, Serviços Financeiros (12%), Viagens e Entretimento (10%) e Utilities e Retalho e Consumo (ambos com 6%). O setor de Saúde e Farmacêutica foi o menos afetado com apenas 5% dos incidentes registados e que se concentraram em julho de 2021 e agosto de 2022, com o sector da Saúde em si a representar 93% dos 421 registos.
“A pandemia levou as empresas a estarem mais ativas no espaço digital e, com isso, a criar um terreno fértil para os cibercriminosos. Pretendemos, por isso, que este relatório Cyber Trends, o primeiro feito em Portugal pela Mastercard, possa servir de ferramenta para as empresas poderem definir as melhores práticas na criação e manutenção de um ecossistema digital seguro”, conclui a Country Manager da Mastercard em Portugal.














