Covid-19: Bulgária lidera grupo europeu que se opõe às condições de fornecimento da vacina da Pfizer

Bulgária, Polónia, Lituânia e Hungria exigiram que a Comissão Europeia regenoceie o contrato de fornecimento das vacinas contra a Covid-19 fabricadas pela Pfizer – os ministros da Saúde dos quatro países apresentaram um pedido conjunto durante uma reunião do Conselho da UE esta terça-feira.

Segundo os responsáveis, o contrato deve ter em conta as necessidades, especificidades e possibilidades orçamentais de todos os países da UE, sublinhando que estavam profundamente preocupados com a proposta de uma nova adição ao contrato de fornecimento de vacinas da Pfizer.

No passado dia 8, o ministro da Saúde, Asen Medzhidiev, anunciou que a Bulgária recebeu o apoio da Polónia e de seis outros Estados-membros para a iniciativa, embora somente três outros países tenham assinado a declaração comum.

“A Comissão deve procurar oportunidades para continuar a negociar com a Pfizer, nomeadamente sobre pagamentos por incumprimento, reduzindo o número de doses contratadas, ou para tomar ela própria a iniciativa e comprar vacinas excedentárias dos Estados-membros para doar a regiões necessitadas”, apontaram os quatro ministros, que apelaram para que Pfizer agisse de forma responsiva.

“Pedimos à Pfizer que mantenha a confiança no processo de vacinação, assuma a sua responsabilidade para com os cidadãos da UE e os Estados-Membros e aja de boa-fé para uma solução justa para todos: em nome do bem comum, não apenas do interesse empresarial”, precisaram.

As doses de reforço serão entregues em 2023, mas – como na Bulgária a cobertura vacinal é de apenas 30% – provavelmente não se justificava solicitar doses de reforço para toda a população.