CEO: Quem é melhor a gerir empresas em plena crise?

O desempenho das empresas depende das práticas de gestão, sendo a selecção do gestor de topo (CEO) um factor determinante. As empresas procuram fazer a melhor escolha, mas as circunstâncias prevalecentes na economia podem determinar a escolha de perfis diferentes.

Com efeito, o processo de selecção dos CEO implica uma escolha entre soluções internas – que já acumularam mais experiência na empresa, mas que podem ter dificuldades em abandonar as práticas de gestão estabelecidas face circunstâncias inesperadas – e contratações externas capazes de inovar na resposta a novos desafios, embora com menos conhecimento da empresa.

Segundo a análise divulgada pelo Banco de Portugal, verificou-se que os gestores recém-chegados a empresas portuguesas durante a crise da dívida soberana apresentaram um desempenho relativamente superior quando comparados com gestores que estavam há mais tempo na empresa. No período anterior à crise, não existe uma diferença estatisticamente significativa no Valor Acrescentado Bruto (VAB) destas empresas.

No entanto, durante a crise, as empresas geridas por um CEO recém-chegado apresentaram um VAB superior em cerca de 18% relativamente às restantes empresas. Estes resultados sugerem que em períodos de crise a experiência acumulada na empresa é menos importante do que a flexibilidade e a disposição para assumir riscos, que são típicos de um CEO recém-chegado.






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