Ensaio. Mazda CX-60 2.5 e-Skyactiv PHEV 8AT AWD: Esculpido no Japão, pensado para a Europa

Por Jorge Farromba

A apresentação internacional do Mazda CX-60 decorreu em Dusseldorf e, com a mesma iniciaram-se as vendas em solo nacional.

O Mazda CX-60 2.5 e-Skyactiv PHEV 8AT AWD é primeira proposta com tecnologia híbrida plug-in Mazda que alia um motor térmico a uma unidade elétrica para uma potência total de 241 kW / 327 cv.

O novo porta-estandarte da marca e também o mais potente modelo de estrada de Mazda encontra-se já disponível em quatro níveis de equipamento, com um intervalo de preços entre os 52.289 € e os 65.440 €.

Possui como handicap o ser considerado classe 2 nas portagens, devido a uma alínea de um decreto que, por causa da tecnologia mecânica usada neste modelo – mesmo sendo na prática similar a toda a concorrência com possibilidade de tração nos dois eixos – não é elegível para classe 1, encontrando-se a marca a desenvolver os contactos para demonstrar às entidades que cumprem todos os requisitos para reverter essa decisão.

O CX-60 é o topo de gama com maior importância que a Mazda introduz no mercado desde há cerca de uma década, sustentado no ADN dos últimos 100 anos, seja no design exterior e interior focado no melhor do artesanato japonês, mas obviamente sem esquecer as mais recentes inovações tecnológicas centradas no ser humano.

O Mazda CX-60 PHEV foca-se no design Kodo – o conceito japonês de Ma, e, nos interiores introduz o conceito Kaichou, que mistura diferentes materiais e texturas como madeira de plátano, couro nappa, têxteis japoneses e detalhes cromados, mas também o conceito Musubu, a arte de encadernação que serviu de inspiração para as detalhadas costuras do painel de instrumentos.

Sobre tecnologias centradas no ser humano estas foram repensadas e refinadas para aperfeiçoar a experiência de condução Jinba-Ittai e satisfazer as necessidades individuais do condutor. São disso exemplo o ‘Mazda Driver Personalization System’ que permite reconhecer o ocupante do banco do condutor, ajustando automaticamente o ambiente em seu redor (posição do banco, volante, espelhos, head-up display, configurações de controlo sonoro e climático), adaptando-se à sua constituição física e às suas preferências pessoais.

Por fim, a colocação da bateria entre os eixos dianteiro e traseiro que visa manter o mais baixo possível o centro de gravidade do Mazda CX-60 PHEV, em combinação com um sistema permanente de tração integral que incorpora a transferência de binário entre os eixos, através de um veio.

E, em estrada?

A primeira nota que importa realçar é que, visualmente, o CX- 60 é parecido ao CX-5 mas, mais portentoso e elegante, talvez pela imponente grelha a negro e pelas JLL! As dimensões são obviamente maiores, mas… não assustam.

Em termos interiores a Mazda segue um conceito que me agrada, minimalista q.b! Os interiores apontam para o segmento premium, principalmente nas duas versões de topo, onde a elegância e sobriedade imperam! Possui vários plásticos moles com boa qualidade de construção e dos materiais utilizados! Encontrar a posição de condução correta, é simples e intuitiva.

Em termos de condução podemos escolher entre cinco modos de condução, com o modo elétrico EV a garantir uma autonomia até 60 quilómetros. O comportamento é correto e assertivo, num veículo deste peso, dimensão e como SUV. O interior conta com bastante espaço interior, bancos cómodos e o conforto do SUV nas AE e nas estradas alemãs ao redor da sede da Mazda (test drive com cerca de 150 km) foi apreciável! A direção é precisa q.b e o motor está disponível sempre que necessário, seja numa toada mais calma ou quando utilizamos o modo sport e as patilhas no volante!

Uma nota sobre o software do sistema de infotainment, intuitivo e, na generalidade, a usabilidade funciona corretamente, sem grandes alterações a quem já utilizou outros Mazda.

Temos um país belíssimo, somos destacados como um das referências em termos de clima, gastronomia, qualidade de vida, etc, mas continuamos a ter um parque automóvel envelhecido (13,6 anos em média!).

Temos os meios e vontade necessários para inverter essa situação, e associações, demais entidades e o legislador, em conjunto, irão certamente encontrar uma solução para termos um país (ainda) mais moderno e sustentável focado nas diretrizes europeias para os próximos anos em termos de emissões! Existem inúmeras soluções para o mesmo fim!

Pela minha parte marco presença no que for necessário para fazer parte da solução … porque… não há planeta B.

Preços de Venda ao Público
• Prime-Line 52.289 €
• Exclusive-Line (16 configurações): 53.889 € a 62.789 €
• Homura (16 configurações): até 63.889 €
• Takumi (16 configurações): até 65.440 €

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