Centeno admite aumentos na Função Pública e redução de IRS

O ministro das Finanças, Mário Centeno, admite que há espaço para uma atualização de salários na administração pública de acordo com a inflação, se as projeções macroeconómicas se mantiverem.

Em entrevista divulgada hoje no Jornal de Negócios, Mário Centeno admitiu que os aumentos do próximo ano serão iguais à inflação.

“Nas condições macroeconómicas que hoje enfrentamos, há espaço para aumentos salariais um pouco mais alargados do que aqueles que existiram no ano passado [só para salários muito baixos]”, disse.

Mário Centeno lembra “os dois meses consecutivos de taxa de inflação negativa”, salientando que “este é um bom indicador para 2020”.

“Acho que na projeção da legislatura, reiniciando esse processo, há condições para aumentos gerais ao nível da inflação”, realçou.

O ministro das Finanças disse também que, na próxima legislatura, haverá lugar à redução de IRS para aqueles rendimentos que menos beneficiaram com as alterações aos escalões, mas afastou cortes no IRC ou no IVA.

De acordo com Mário Centeno, a mudança nos escalões do IRS dirigiu-se aos rendimentos mais baixos, mas na próxima legislatura será possível beneficiar a classe média.

Na entrevista, Mário Centeno mostrou-se disponível para continuar como ministro das Finanças caso o Partido Socialista (PS) vença as eleições.

“Primeiro, vamos obviamente pedir a opinião dos portugueses sobre esta legislatura e isto dará o resultado das eleições. A partir dai, veremos. Assumi um compromisso e esse compromisso foi para esta legislatura. Sou presidente do Eurogrupo, tenho como objetivo terminar o mandato como presidente do Eurogrupo se o resultado das eleições de 6 de outubro assim o permitir”, sublinhou.

Mário Centeno diz que “mais do que vontade ou a disponibilidade pessoal”, o importante é “permitir aos portugueses avaliar a legislatura que agora termina, assim como as propostas que estão em cima da mesa para a próxima legislatura”.

 

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