Fim da época balnear deixa hoje 73 praias sem nadadores-salvadores: Federação lança alerta ao Governo
A Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS) manifestou-se preocupada com o final da época balnear em 73 praias, a maioria fluviais, e pede ao Governo uma revisão urgente da legislação deste sector. A maioria são praias fluviais. A previsão meteorológica aponta para um mês de setembro com temperaturas elevadas e a convidar a uns mergulhos, pelo que todos os cuidados são poucos.
Alexandre Tadeia, presidente da federação, deixou o alerta: “É nas praias fluviais onde há mais casos de afogamento.” Até 31 de julho morreram 88 banhistas, a maioria dos quais em zonas não vigiadas.
A Federação indica que das 73 praias que passarão a ficar sem o dispositivo de nadadores-salvadores, cinco situam-se na zona do norte, 40 no centro, 21 na zona Tejo e Oeste, três no Alentejo e quatro nos Açores. Destas, 63 são praias fluviais e lacustres, quatro na zona norte, 40 no centro e 19 na zona Tejo e Oeste. Dez são praias marítimas: uma na zona norte, três na zona Tejo e Oeste, três no Alentejo e quatro nos Açores.
“O que se deve fazer é seguir o que está na lei e o que está na lei é que a época balnear deve seguir critérios do número de banhistas, das condições climatéricas e nós, neste momento, temos boas condições climatéricas em todo o país para época balnear. Estarmos agora a terminar em 73 praias portuguesas a época balnear é aumentar o risco de afogamento, num ano em que já estamos com valores recorde. Isto é bastante preocupante, principalmente porque temos, neste momento, destas 73, 63 praias fluviais a fecharem a época balnear e dez marítimas. A partir de hoje estes 73 locais deixam de ter vigilância a banhistas através de nadadores-salvadores”, explicou.