Tráfico sexual: A rede criminosa que ‘apanhou’ o tenor Plácido Domingo e captou a atenção de Bill Clinton

No dia 16 de agosto, o tenor espanhol Plácido Domingo recebeu o Prémio Batuta, num evento no México. Contudo, não será preciso muito para imaginar que o cantor estivesse particularmente satisfeito.

Isto, porque o nome de Plácido Domingo tem estado envolvido numa investigação policial a uma rede de exploração sexual, surgindo em várias gravações de áudio obtidas pelas autoridades policiais da Argentina.

A organização criminosa tem sede em Buenos Aires e usa uma escola de ioga como fachada para conduzir as suas operações. Avança o ‘El Mundo’ que a rede escravizou centenas de pessoas ao longo de décadas.

Esta rede encontra-se referida num documento do Congresso norte-americano, datado de 2002, em que é explicado que “uma delegação do Congresso viajou até à Argentina para investigar acusações de perseguição ideológica e antissemita no caso Escola de Ioga de Buenos Aires.

O documento salienta também que “o Presidente Bill Clinton instou repetidamente o governo da Argentina a garantir que o caso da Escola de Yoga de Buenos Aires seja resolvido o mais rápido possível”.

Já no início deste mês tinham sido divulgadas informações que apontavam para o envolvimento do tenor nas atividades da rede, usufruindo os serviços ilegais prestados. Contudo, apesar as suspeitas levantadas pelas gravações de conversas com elementos da organização, Plácido Domingo afasta todas as acusações.

Relata a comunicação social que a rede criminosa era liderada por membros da comunidade judaica da Buenos Aires, com a Polícia Federal da Argentina a explicar que dizia prestar serviços para combater a toxicodependência e para ajudar pessoas com SIDA. Contudo, a verdade era mais negra, e aliciava pessoas vulneráveis com promessas de melhorias, mas, ao invés, integrava-as em redes de tráfico sexual.

O ‘La Nación’ revelou que a rede exigia que os alunos do estúdio de ioga contribuíssem com um pagamento económico mensal, sendo que os montantes poderiam chegar aos 10 mil dólares.

Alguns desses alunos eram pessoas de influência e poder económico, que alimentavam as operações da rede e eram atraídas com promessas de relações sexuais a troco de dinheiro.

As informações avançadas apontam que esta organização recolhia cerca de 500 mil dólares todos os meses, investido em propriedades imobiliárias nos Estados Unidos.

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