Monkeypox: OMS diz que surto na Europa está “a caminhar na direção certa” e que há “sinais encorajadores” de abrandamento na região
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou esta terça-feira que na região da Europa conta hoje com mais de 22 mil casos de varíola dos macacos, ou monkeypox, representando mais de um terço do total de casos confirmados a nível mundial.
The 2⃣nd action I want to emphasise today is towards elimination – in the context of the #monkeypox outbreak, with the European Region recording more than 22,000 confirmed cases across 43 countries and areas – representing more than a third of the global tally. @hans_kluge
— WHO/Europe (@WHO_Europe) August 30, 2022
Contudo, o Diretor Regional da OMS/Europa, Hans Kluge, aponta que “há sinais encorajadores” e de que a situação nesta região “está a caminhar na direção certa”, indicando que em países como França, Portugal, Espanha e Reino Unido “o surto poderá estar a abrandar”. Mas deixa um alerta: “Para podermos alcançar a eliminação na nossa região [Europa], temos de tomar medidas urgentes”.
O responsável anuncia que esta semana a OMS lançou dois documentos que fornecem orientações às autoridades de saúde dos vários Estados sobre as políticas públicas a adotar, sobre “os passos necessários para controlar e eventualmente eliminar a monkeypox” e sobre indicações relativamente à vacinação contra a doença.
Kluge salienta que a prioridade deverá ser, em primeiro lugar, controlar o surto e, posteriormente, “eliminar a infeção por monkeypox na região europeia”.
“Todos os países – quer registem atualmente casos ou não – precisam de implementar um conjunto combinado de intervenções” para se concretizar a eliminação da transmissão do vírus, frisa o responsável, recordando que “a monkeypox pode causar dores insuportáveis aos infetados” e que a doença “pode levar a complicações fatais”.
Sublinhando que campanhas de informação são essenciais para evitar comportamentos de risco, Kluge afirma que “os esforços de contacto e parcerias com a comunidade feitos por alguns governos, como Portugal, têm resultado em altos níveis de consciencialização sobre a monkeypox, levando as pessoas a tomarem precauções e a mudarem os seus comportamentos”.