Tabaqueira: Proteger o planeta

A urgência de uma acção global para fazer face ao impacto das alterações climáticas é acompanhada por um conjunto de riscos e oportunidades para os negócios. Além do impacto directo associado às alterações climáticas, nomeadamente a escassez de recursos, existem outros desafios, como a regulamentação, os avanços tecnológicos ou a consciencialização do consumidor. Ciente disto, a Tabaqueira, alinhada com a PMI, está a tomar medidas para garantir a sua resiliência face ao impacto das alterações climáticas, reduzindo as suas emissões, recorrendo não só a tecnologias de baixo carbono, mas também a políticas que permitam a transição para uma economia verde. Assim, a Tabaqueira apoia políticas climáticas, nacionais e internacionais, de forma consciente, e acredita na sua eficácia para o crescimento sustentável dos negócios, a médio e longo prazo, bem como para a antecipação dos riscos e oportunidades para a economia e para a sustentabilidade do seu negócio.

COMO ACTUAMOS?

A acção climática é uma prioridade para a Tabaqueira, sendo a terceira fábrica da PMI a alcançar a neutralidade carbónica, contribuindo assim para concretização do compromisso do Grupo PMI. Até 2025, a PMI compromete-se a alcançar a neutralidade carbónica nas suas operações directas e até 2040, em toda a cadeia de valor da empresa, antecipando as suas metas.

MELHORÁMOS A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A descarbonização da fábrica da Tabaqueira, em Albarraque, Sintra, iniciou-se em 2010, para melhorar a eficiência industrial, nomeadamente na gestão da água e da energia. O investimento em soluções de eficiência energética centrou-se na substituição de equipamentos mais eficientes na óptica do processo de produção, através da instalação de recuperadores de calor, de uma nova caldeira de produção de vapor, de novos compressores de ar comprimido, da substituição de meios de iluminação, entre outras medidas.

RENOVAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS

Na perspectiva de uma crescente flexibilização da modalidade de trabalho, a Tabaqueira inaugurou em 2021 os seus renovados escritórios da sede em Sintra, num investimento de mais de 2 milhões de euros. Esta renovação incorpora o conceito de flexibilidade, com zonas de trabalho comuns, para garantir maior liberdade aos trabalhadores e uma gestão mais eficiente do seu dia-a-dia, a pensar no “smart work” (trabalho misto) como novo modelo de trabalho, sempre que as funções o permitam. Neste projecto, a Tabaqueira tentou ao máximo ter o menor impacto ambiental possível e o maior impacto social, levando a cabo algumas iniciativas, quer de execução do projecto, quer de funcionamento do renovado edifício. Numa perspetiva ambiental, a Tabaqueira adoptou medidas como:

1. Os materiais usados na concepção do edifício tiveram em conta parâmetros ambientais, de modo a tornar este o mais sustentável possível.

2. Sensores luminosos foram instalados em todos os locais de estadia curta, de modo a evitar consumos energéticos e custos desnecessários.

3. As caixas de cartão que serviam kits de almoço foram extintas e substituídas por caixas reutilizáveis.

A Tabaqueira renovou ainda um novo edifício de escritórios, denominado Alfredo da Silva, e que é actualmente a sede dos Centros de Excelência de Sistemas de Informação e Financeiro e do IT Platform Engineering Hub, que prestam serviços às afiliadas do Grupo PMI a nível global. O investimento nesta infraestrutura teve um custo total de 1,5 milhões de euros, equivalendo assim a um investimento total em renovação de infraestruturas de cerca de 4 milhões de euros.

NEUTRALIDADE CARBÓNICA

A Tabaqueira no seu primeiro relatório de sustentabilidade, em 2020, fez um ponto de situação a 10 anos com um investimento de quatro milhões de euros em medidas exclusivas de eficiência energética e descarbonização. Este investimento traduziu-se na redução, não só de custos operacionais, mas também de cerca de 11 900 toneladas de CO2 (valor acumulado). Esta redução permitiu à fábrica antecipar as suas metas de redução de emissões de CO2 ao reduzir em 10 anos 72% da sua pegada de carbono. No ano de 2021, a Tabaqueira reforçou a sua aposta na sustentabilidade, através de um investimento de 440 mil euros em iniciativas com ganhos energéticos associados, e que permitiu reduzir mais dois pontos percentuais do volume emissões, face ao ano anterior. Mais ainda, as emissões que não conseguiu reduzir, compensou-as através de investimentos em projetos com a certificação Gold Standard do programa de offset da PMI, em colaboração com a Carbonsink, no Malawi, onde a PMI compra tabaco (a partir de Portugal), totalizando uma compensação de 4 205 toneladas de CO2 e. Desta forma, mais recentemente, a Tabaqueira contabilizou assim um investimento total de mais de 4 milhões e quatrocentos mil euros em medidas de eficiência energética com vista a descarbonização das operações, face ao ano de 2010. A Tabaqueira tem a ambição de continuar a trabalhar para reduzir a sua pegada carbónica e realizar a respectiva compensação das emissões que não são possíveis de eliminar, através do investimento em projectos a nível nacional. Até 2025, a PMI compromete-se a alcançar a neutralidade carbónica nas suas operações directas e até 2040, em toda a cadeia de valor da empresa, antecipando as suas metas.

FONTES DE ENERGIA ALTERNATIVA E MELHORIA DE EFICIÊNCIA

A energia é uma das áreas prioritárias para a Tabaqueira. Actualmente, 100% da energia eléctrica consumida tem origem em fontes renováveis. Em 2021, a Tabaqueira prosseguiu com o seu programa energético e ambiental, através da optimização da eficiência energética de equipamentos, do consumo de combustível fóssil e de investimentos em novos equipamentos. Para além disso, substituiu-se a iluminação fluorescente por tecnologia LED com um sistema de controlo dedicado, e foram instalados medidores de consumo que permitem identificar oportunidades de optimização dos processos e novos equipamentos de utilidades energeticamente mais eficientes. Em 2021, integrado num projecto alargado com impacto ambiental na comunidade local, com a renaturalização de uma ribeira e a replantação de árvores, a Tabaqueira instalou um parque fotovoltaico, num investimento total integrado de quase dois milhões de euros, cuja central fotovoltaica cobre uma área de 5 525 m2, com capacidade produtiva de 1MW, e que garantirá a integração de cerca de 10% de energia eléctrica, para autoconsumo da fábrica, e evitará a pegada ambiental de emissões de CO2 em mais de 800 toneladas por ano. Esta central fotovoltaica alimenta ainda postos próprios de carregamento de veículos elétricos e híbridos plug-in. Ainda durante o ano de 2021, a Tabaqueira levou a cabo um processo de optimização do processamento primário do tabaco, através do redimensionamento da linha de produção e implementação de novas tecnologias, que levou à diminuição dos seus consumos energéticos, reduzindo as suas emissões em mais de 400 toneladas CO2 e. Ainda neste âmbito, um dos projectos com maior impacto na fábrica, em termos de produtividade, e que contribui para tornar a Tabaqueira ainda mais competitiva, foi o da construção de uma subestação de alta tensão, que recebe directamente energia 100% renovável da rede eléctrica nacional, através de um investimento de mais de três milhões de euros.

CÁLCULO DA PEGADA DE CARBONO

Para a Tabaqueira, a análise da sua pegada de carbono é essencial para o desenhar de uma estratégia, estabelecimento de objectivos e medição do seu progresso. Em 2021, no âmbito da certificação PAS 2060 de neutralidade carbónica da fábrica, foram contabilizadas as emissões de âmbito 1 e 2, seguindo os procedimentos do Greenhouse Gas Protocol, actualmente centraliza- -se nas emissões associadas às suas operações directas. Uma vez que toda a energia eléctrica adquirida é produzida através de fontes renováveis, o seu impacto em termos de emissões de carbono é neutro, no âmbito 2. No que se refere às emissões de âmbito 1, associadas ao consumo de gás natural no processo, esse valor tem decrescido ao longo dos últimos anos, resultado das diversas medidas implementadas. Consultar Relatório de Sustentabilidade 2020, para melhor compreensão das emissões de carbono ao longo da cadeia de valor.

REDUÇÃO DE EMISSÕES NA FROTA

A frota automóvel é a responsável pelos maiores riscos de segurança para os trabalhadores, mas também pelo impacto para o ambiente, através de emissões de dióxido de carbono. Em 2021, a empresa lançou um programa de segurança e sustentabilidade da sua frota com o objectivo de reduzir a zero o número de acidentes. No que diz respeito à redução das emissões de dióxido de carbono da sua frota automóvel até 2024, a Tabaqueira está a apostar na transição de veículos movidos a combustíveis fósseis para veículos plug-in/híbridos e eléctricos e na disponibilização de postos próprios de carregamento. Em 2021, a sua frota de veículos era composta por mais de 32% veículos plug-in/híbridos e eléctricos, tendo já no início de 2022 aumentado esta percentagem de veículos, que se pretende que chegue o mais rápido possível aos 100% (tendo em conta o contexto actual), bem como o número de postos próprios de carregamento nas suas instalações.

COMO ACTUA A PMI?

A PMI tem vindo a acelerar a sua luta pela descarbonização. Em 2021, assumiu que alcançará a neutralidade carbónica em 2025 (âmbito 1+ âmbito 2) e zero emissões líquidas em toda a sua cadeia de valor (âmbito 1+2+3) em 2040. O trabalho para reduzir as emissões é guiado por objectivos baseados em dados científicos alinhados com o cenário do aumento de temperatura global de mais de 1,5 graus celsius face aos níveis pré-industriais. Os objectivos do Grupo foram aprovados pela Science Based Targets Initiative (SBTi). O Grupo PMI maximiza a redução das emissões e procura compensar as remanescentes, dando prioridade à sua cadeia de abastecimento, como representado no esquema abaixo. Em 2021, a gestão em sustentabilidade ambiental da PMI foi reconhecida, pelo segundo ano consecutivo, com um triplo A de pontuação pelo CDP. A robustez dos compromissos levados a cabo pela PMI refletiram-se ainda na obtenção da pontuação “A” nos últimos oito anos no CDP de alterações climáticas – um reconhecimento das acções da PMI no combate às alterações climáticas e na informação transparente das suas actividades.
Para além de reconhecer a liderança em transparência ambiental e descarbonização da sua cadeia de valor, o CDP reconhece os esforços da PMI na preservação da natureza, atribuindo a classificação A pelo seu trabalho de promoção da segurança da água e da floresta, em 2021. O CDP colocou ainda a PMI no seu painel de líderes em envolvimento das partes interessadas pelo quinto ano consecutivo.

ECONOMIA CIRCULAR NA FÁBRICA

Na fábrica em Albarraque, a empresa efectua a segregação de todos os resíduos industriais de forma a trazer-lhes valor e tem vindo a implementar o conceito da economia circular desde há vários anos. Por exemplo, nas embalagens da matéria-prima que são devolvidas intactas aos fornecedores para serem reutilizadas. Actualmente, reciclamos e valorizamos energeticamente mais de 99% dos resíduos gerados.

CAIXA PLANO PARA A TRANSIÇÃO BAIXA EM CARBONO (LOW-CARBON TRANSITION PLAN – LCTP) DA PMI

Ainda em 2021, a PMI publicou o Plano para a Transição Baixa em Carbono (Low-Carbon Transition Plan – LCTP) que detalha, de forma transparente, a visão do plano definido para atingir as ambições climáticas do Grupo e como estas serão reportadas. Neste plano estão espelhadas as ferramentas, incluindo a abordagem ao preço do carbono, o portefólio de investimentos climáticos, a governança e acordos de gestão que permitirão à empresa atingir os seus objetivos. A PMI acredita que a transparência é a força motriz para a acção, responsabilidade e mudança. Ao partilhar os seus objectivos e as suas metodologias espera acelerar os seus compromissos e objetivos.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Redução da pegada ambiental”, publicado na edição de Novembro (n.º 200) da Executive Digest.

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